Remuneração de Pedro Soares dos Santos aumenta 24,4% para 2,5 milhões de euros
O presidente executivo do grupo Jerónimo Martins auferiu no ano passado um valor ilíquido de 2,57 milhões de euros, um aumento de 24,4% face aos 2,07 milhões que recebeu no ano anterior.
Pedro Soares dos Santos, CEO e "chairman" da Jerónimo Martins, recebeu em 2020 um valor ilíquido total de 2,57 milhões de euros, relativos aos vários cargos que desempenha no grupo proprietário do Pingo Doce. O montante representa uma subida de 24,4% face ao ano precedente, quando Soares dos Santos auferiu 2,07 milhões de euros.
Os valores constam no Relatório de Governo da Sociedade da Jerónimo Martins, publicado esta segunda-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As remunerações pagas ao presidente executivo da retalhista dividem-se em várias parcelas. A componente fixa enquanto administrador da Jerónimo Martins ascendeu a 245 mil euros, quando em 2019 tinha sido de 238.750 euros. Já a componente variável, que diz respeito à avaliação de desempenho no exercício de 2019, cifrou-se em 490 mil euros (contra 378 mil euros um ano antes). O plano de remunerações inclui ainda uma parcela dedicada ao plano de pensões de reforma, pelo qual o gestor recebeu 476.874,96 euros (no ano anterior tinha sido de 306 mil euros).
Além dos montantes que recebeu enquanto presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos auferiu ainda valores relativos a "outras sociedades em relação de domínio ou de grupo com a sociedade". Aqui, a componente fixa foi de 455 mil euros (contra 445.250 euros em 2019). Já a parcela variável ascendeu a 910 mil euros (702 mil euros no ano precedente).
Assim, o total auferido na componente fixa foi de 700 mil euros, a remuneração variável ascendeu a 1,4 milhões de euros e as contribuições para o plano de pensões foram de 476.875 euros.
Ou seja, um total de 2.576.875 euros, o que corresponde a 24 vezes o valor médio da remuneração dos colaboradores (105.857) que subiu 6,5% face a 2019. Em 2019, esse rácio tinha sido de 20,1.
No total, os 10 membros do "board" da Jerónimo Martins receberam uma remuneração ilíquida de 1,89 milhões de euros em 2020 (de sublinhar que José Soares dos Santos"renunciou ao recebimento da remuneração no período remanescente do mandato, incluindo em 2020), quando no ano anterior os então 12 membros tinham auferido 1,7 milhões de euros.
Este valor pago aos administradores correspondeu a 928 mil euros de remuneração fixa, a 490 mil euros de remuneração variável e a 476.874,96 euros de contribuições para o plano de pensão de reforma.
Adicionalmente a este valor, "foi pago a administradores por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo com a sociedade um valor total ilíquido" de 1,56 milhões de euros, contra 1,3 milhões de euros um ano antes.
A seguir a Pedro Soares dos Santos, o gestor mais bem pago foi Sérgio Tavares Rebelo, que em 2020 auferiu um valor ilíquido de 220 mil euros (contra 190 mil em 2019). Deste montante, 120 mil euros dizem respeito à componente fixa enquanto administrador da Jerónimo Martins e 100 mil euros foram pagos "por exercício de funções em órgão de fiscalização".
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