Semapa e CRH voltam à arbitragem devido à Secil
A Semapa e os irlandeses da CRH - que detêm, respectivamente 51% e 49% da Secil - vão voltar à arbitragem por causa da "manutenção em vigor do acordo parassocial" relativo à cimenteira.
Em Agosto do ano passado, segundo adiantou então a Semapa em comunicado, "o tribunal arbitral considerou que a CRH havia incumprido com obrigações para ela decorrentes do acordo parassocial em matérias relacionadas com novos investimentos e com a organização da gestão da Secil". Consequentemente, reconheceu "o direito da Semapa de, por via do exercício de uma opção de compra consagrada no acordo parassocial, adquirir a totalidade da participação social da CRH na Secil". O mesmo tribunal considerou igualmente que a própria Semapa "havia incumprido uma obrigação específica decorrente do acordo parassocial, mas no cômputo geral dos incumprimentos da CRH não considerou que afectasse o direito da Semapa de adquirir a totalidade da participação da CRH na Secil".
No ano passado, a cimenteira registou um volume de negócios de 506,9 milhões de euros, tendo a Semapa apropriado de 258,5 milhões de euros.
O relatório do conselho de administração do grupo, ontem divulgado, refere ainda que a compra por parte da Secil da Lafarge Betões no ano passado conduziu a um processo de reestruturação desta unidade de negócio, que levou ao encerramento de 15 centrais e à dispensa de cerca de 100 trabalhadores. O pagamento das indemnizações implicou, em 2011, custos na ordem de 2,4 milhões de euros
Em termos consolidados a Semapa apresentou no ano passado resultados líquidos de 124,2 milhões de euros.
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