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TAP: novo relatório passa a incluir caso Galamba e intervenção do SIS

O facto de a relatora ter deixado de fora no relatório preliminar os polémicos acontecimentos no Ministério das Infraestruturas gerou críticas da maioria dos partidos da oposição.

João Galamba CPI
João Galamba CPI Miguel A. Lopes / Lusa
13 de Julho de 2023 às 07:48

A nova versão do relatório da comissão de inquérito à TAP assume que os acontecimentos em 26 de abril no Ministério das Infraestruturas são de "enorme gravidade", obrigando ao cabal esclarecimento pelo parlamento e outras instâncias.

Esta foi uma das 30 alterações propostas pelo PCP que foram acolhidas pela deputada socialista que fez o relatório, Ana Paula Bernardo, e que aceitou alterações também do Chega, BE e PS mas em menor número, um documento que vai ser votado hoje na comissão de inquérito à TAP e ao qual a agência Lusa teve acesso.

"Os acontecimentos ocorridos no dia 26 de abril de 2023 no Ministério das Infraestruturas e seus desenvolvimentos, que foram objeto de várias audições na CPI, são de uma enorme gravidade", pode ler-se na nova versão.

Segundo o texto proposto pelos comunistas, o facto destes acontecimentos, "designadamente quanto ao envolvimento dos Serviços de Informação e Segurança (SIS), não se situarem no âmbito que foi definido" esta comissão de inquérito "obriga a própria Assembleia da República, e outras instâncias, a tomarem as respetivas iniciativas para que exista um cabal esclarecimento sobre o que se passou, o apuramento das responsabilidades e das respetivas consequências políticas e legais".

Na nova versão consta agora que "também a existência de uma reunião no dia 17 de janeiro, com a presença da CEO da TAP e de um deputado do Partido Socialista, que antecedeu uma audição realizada na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, não cai no objeto desta CPI".

O facto de a relatora ter deixado de fora os polémicos acontecimentos no Ministério das Infraestruturas gerou críticas da maioria dos partidos da oposição.

O referido caso envolve denúncias contra Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro João Galamba, por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções.

A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.

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