Preços dos combustíveis vão continuar perto de mínimos na próxima semana
O preço dos combustíveis deverá sofrer uma nova queda a partir da próxima segunda-feira, dia 30 de março, em Portugal. Mas será um recuo ligeiro, de menos de 1 cêntimo, tanto no preço do gasóleo como no da gasolina.
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Segundo os cálculos do Negócios, há margem para uma descida de 0,5 cêntimos na gasolina simples 95 para os 1,311 euros por litro, o que representa um mínimo desde agosto de 2016, naquela que será a quinta semana consecutiva de quedas para este combustível.
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Fonte do setor aponta para uma descida mais acentuada na gasolina (1,5 cêntimos por litro), mas uma subida do gasóleo (1,5 cêntimos). Ainda assim, esperam-se variações ligeiras, pelo que os preços dos combustíveis vão continuar perto de mínimos de pelo menos dois anos e meio.
Como o Negócios já tinha adiantado, com uma redução deste volume a partir da próxima semana, tanto o preço de venda ao público do gasóleo como o da gasolina acumulam uma queda a rondar os 12% desde o início deste ano. O que, no caso da gasolina significa uma desvalorização de cerca de 18 cêntimos por litro, face à última semana do ano passado, e no caso do gasóleo uma queda de perto de 17 cêntimos por litro. Estas consecutivas quedas semanais nos preços dos combustíveis surgem numa altura em que o país vive em estado de emergência, com o tráfego nas ruas a ser praticamente nulo em algumas cidades, como em Lisboa ou no Porto. Com a maioria da população em casa, o uso de veículos é naturalmente mais escasso.
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O que, no caso da gasolina significa uma desvalorização de cerca de 18 cêntimos por litro, face à última semana do ano passado, e no caso do gasóleo uma queda de perto de 17 cêntimos por litro.
Estas consecutivas quedas semanais nos preços dos combustíveis surgem numa altura em que o país vive em estado de emergência, com o tráfego nas ruas a ser praticamente nulo em algumas cidades, como em Lisboa ou no Porto. Com a maioria da população em casa, o uso de veículos é naturalmente mais escasso.
A descida acentuada dos preços agravou a já pesada carga fiscal que incide em Portugal sobre a gasolina e o gasóleo. Como o valor do imposto é quase fixo (só o IVA varia em função do preço de venda ao público), quanto mais baixo é o valor que diz respeito à matéria-prima, mais elevada é a parcela que corresponde aos impostos.
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No caso da gasolina, o peso dos impostos disparou esta semana para 69,4%. Igualou o anterior máximo, que tinha sido fixado em março de 2016, e situa-se bem acima do nível registado há apenas seis meses, quando era um pouco superior a 60%, que é, aliás, a carga fiscal média desde 2010.
A desvalorização sentida nos combustíveis anda de mão dada com as más prestações do petróleo. O Brent e o WTI têm afundado desde que a Arábia Saudita abriu uma guerra de preços, ao prometer inundar o mercado com um volume muito grande de petróleo e a um preço muito mais barato a partir do próximo mês.
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Estes preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A evolução dos preços dos combustíveis é calculada tendo por base a evolução dos derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Ainda assim, a evolução dos custos dependerá de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.
Os cálculos do Negócios têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas (ainda que a evolução costume ser semelhante), sendo que os dados disponíveis para o Negócios só estão disponíveis até quinta-feira (faltando um dia de negociação).
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