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Alemanha acelera plano alternativo ao gás russo

O vice-chanceler alemão Robert Habeck acusa Putin de usar a energia como “chantagem”. Berlim acelera plano alternativo, que pede aos cidadãos que reduzam o uso do gás russo, mesmo com a reabertura do Nord Stream 1.

Reuters
22 de Julho de 2022 às 11:51

O Governo alemão está a acelerar os planos para economizar gás para o inverno, apesar do regresso parcial das entregas de gás russo através do gasoduto Nord Stream 1, disse o vice-chanceler Robert Habeck.

As medidas vão exigir que os cidadãos reduzam o consumo de energia e até optem por combustíveis alternativos, como o carvão, para compensar o uso reduzido de gás, descreveu o vice-chanceler, numa conferência de imprensa na quinta-feira, citado pelo Politico. 

O anúncio ocorre depois de os fluxos de gás através do gasoduto Nord Stream, que liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico, terem atingido 40% da capacidade, quando a Gazprom retomou as entregas, que foram interrompidas devido a trabalhos de manutenção.

"Tecnicamente, não há nada para impedir o Nord Stream de retornar à capacidade total", disse Robert Habeck. "A taxa de utilização mais baixa de cerca de 40% é claramente política". O vice-chanceler também acusou a Rússia de "usar o seu poder para chantagear a Europa e a Alemanha" antes de anunciar uma série de medidas destinadas a aumentar a segurança energética.

Entre as medidas em cima da mesa está a subida de armazenamento de gás até 75% da capacidade das instalações no início de setembro, até 85% no início de outubro e 95% no início de novembro.

O objetivo é atingir essas metas reduzindo o consumo geral de gás, por exemplo, ordenando que os espaços de escritórios, corredores e salas de armazenamento não utilizados não sejam aquecidos. Outras medidas destinadas a reduzir o consumo de gás doméstico também incluem a proibição do uso de gás para aquecer piscinas.

Além disso, o uso da energia de carvão pode regressar a partir de outubro, prevê o plano, mas o ministério federal dos transportes vai definir regras para a operação destes combustíveis (ainda mais poluentes do que o gás). 

O governo alemão também prevê permitir que as empresas de energia façam repercutir os preços mais altos do gás aos consumidores, o que significa que as contas serão mais altas. Mas Habeck indicou que este plano deve ser acompanhado por medidas de apoio financeiro às famílias, dizendo que o governo deve fornecer "alívio para aqueles que não podem suportar este ajuste de preços".

 

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