pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

China Three Gorges trava conversações com reguladores europeus sobre a OPA à EDP

A oferta pública de aquisição lançada pelos chineses sobre a EDP vê, sete meses depois, um travão no contacto com os reguladores europeus.

China Three Gorges CTG  Lu Chun
China Three Gorges CTG Lu Chun Miguel Baltazar
25 de Janeiro de 2019 às 18:21

A China Three Gorges, a empresa que lançou uma OPA à EDP no passado mês de maio, já há um mês que cessou o contacto que mantinha com os reguladores europeus acerca da Oferta Pública de Aquisição, avança a Reuters.

A informação foi apurada pela agência de notícias junto de duas fontes próximas do processo. 

Para avançar com a OPA, são necessárias aprovações de diversas entidades, entre elas os reguladores europeus - formalidades estas que estarão por completar tanto no Velho Continente como do outro lado do Atlântico, onde os reguladores americanos também têm de dar o seu aval. 

Só depois de conseguidas as várias aprovações é que a oferta poderá ser registada na Comissão de Mercado e dos Valores Mobiliários (CMVM), o regulador português. Esta entidade afirma que não existem sinais de que os chineses se preparem para desistir da OPA.

O valor da operação em causa ascende aos 9 mil milhões de euros, dada a oferta de 3,26 euros por ação no caso da EDP e os 7,10 euros que a CTG está disposta a dar por cada título da subsidiária EDP Renováveis. 

A EDP prefere não tecer qualquer comentário acerca deste último desenvolvimento. Contudo, esta manhã, na conferência do Fórum Económico Mundial em Davos, o CEO da EDP, António Mexia já tinha alertado para a existência de "muitos obstáculos" e para a necessidade de clarificar algumas questões regulatórias, embora garantisse que a oferta sobre a elétrica está ainda a decorrer. 

Já as fontes contactadas pela Reuters indicam que o interesse da parte dos chineses, que já controlam 23% da EDP, em aumentar a sua participação através da OPA, tem arrefecido. A abalar a vontade da CTG em continuar com o processo estarão não só os obstáculos regulatórios como também abalos recentes ao nível da liderança da empresa chinesa e, ainda, os travões que a União Europeia tem posto ao investimento chinês. No passado mês de Novembro, a União Europeia fechou um esboço da legislação que, a ser aprovada nos próximos meses, ditará um maior escrutínio do investimento estrangeiro em países do bloco - sendo que a preocupação com o crescente investimento chinês na região é assumida. 

(Notícia atualizada às 18:53)

Ver comentários
Publicidade
C•Studio