Lucros da REN sobem 35,2% para 65,7 milhões no primeiro semestre
Esta subida ficou a dever-se a uma melhoria dos resultados financeiros, bem como a efeitos fiscais positivos, que se refletiram numa redução dos impostos pagos (menos 19 milhões de euros).
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A REN – Redes Energéticas Nacionais anunciou esta quinta-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiiário (CMVM) que fechou o primeiro semestre de 2025 com um resultado líquido de 65,7 milhões de euros, 35,2% acima do registado em igual período do ano passado (48,6 milhões). De acordo com a empresa, o aumento dos resultados financeiros (mais 5,2 milhões de euros, por via da redução da dívida líquida), contribuiu bastante para isso, bem como efeitos fiscais positivos, que se refletiram numa redução dos impostos pagos (menos 19 milhões de euros).
Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) situou-se nos 256,6 milhões de euros entre janeiro e junho (em linha com ao mesmo período de 2024), o que reflete a estabilidade tanto na atividade doméstica como no Chile. Em Portugal, diz a REN no mesmo comunicado, o EBITDA foi sobretudo impactado pela redução da rentabilidade dos ativos regulados (menos 500 mil euros) e pelo aumento dos custos operacionais (mais 2,5 milhões).
Em termos de investimento, este "manteve a trajetória de crescimento" na primeira metade de 2025, em linha com o primeiro trimestre, tendo atingido os 150 milhões (+10,8% face ao ano anterior). Em paralelo, as transferências para a base regulada de ativos (regulated asset base, ou RAB, no original, em inglês) aceleraram, com um crescimento de 68.,% (+20,4 milhões) quando comparado com mesmo período de 2024.
Os custos operacionais da REN subiram 4,5% para 58,2 milhões de euros (+2,5 milhões do que no primero semestre do ano passado), sobretudo devido aos custos de manutenção (+1,1 milhões) e dos custos de eletricidade (+ 800 mil euros), principalmente no Terminal de Gás natural Liquefeito (GNL) GNL de Sines. Soma-se ainda um crescimento do número de colaboradores da REN, de 758 para 770 (+2%).
A dívida líquida da empresa atingiu os 2.339,5 milhões de euros, o que representa uma descida de 280,3 milhões (-11,9%). Excluindo o efeito dos desvios tarifários, a dívida teria diminuído 119,5 milhões, situando-se nos 2.307,3 milhões.
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