O efeito dos hospitais aos aeroportos, passando pelas comunicações e multibanco
O apagão que atingiu Portugal a partir de cerca das 11:30 afetou praticamente todos os setores da economia nacional. Os planos de contingência ativados permitiram manter os serviços críticos funcionais.
Hospitais em serviços reduzidos
Muitas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) adiaram a atividade programada, nomeadamente, consultas e cirurgias, devido ao apagão desta segunda-feira, indicou o Ministério da Saúde. De acordo com a informação prestada pela tutela ao Negócios, todos os hospitais ativaram os planos de contingência e os geradores foram automaticamente ativados a partir do momento em que se registou a falha de energia desta manhã.
Aeroportos forçados a cancelar voos
O apagão energético levou ao cancelamento de quase 100 voos no aeroporto de Lisboa. Até às 15h47, entre chegadas e partidas, o portal do aeroporto Humberto Delgado contabilizava 95 voos cancelados e seis desviados para outros destinos. O acesso ao terminal do aeroporto estava condicionado, para restringir a entrada a quem tinha voo marcado. O aeroporto de Lisboa foi especialmente afetado: a previsão apontava para que não houvesse partidas até às 22h. No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, o número de voos afetados foi muito menor, tal como em Faro. A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) acionou os planos de contingência e recomendou aos passageiros que não se dirijam aos aeroportos e que aguardem por informações adicionais.
Postos de combustível encerrados
A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC)revelou que a maior parte dos postos de abastecimento de combustível "estão parados".Apenas "os que têm geradores muito potentes é que estão a funcionar", disse ao Negócios Mafalda Trigo, vice-presidente, alertando que se trata de um minoria. A ANAREC desaconselha os automobilistas a acorrerem às bombas. A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEC) está a fazer a gestão da distribuição de combustível a serviços prioritários, de forma a garantir que não há falhas em serviços essenciais, sabe o Negócios.
Operadoras ativam planos de contingência
As fortes perturbações nas redes de telecomunicações levou as principais operadoras do setor a ativar os respetivos planos de contingência. Meo, Nos e Vodafone admitem que a regularização dos serviços poderá demorar.
Multibanco com perturbações
Embora a rede Multibanco, operada pela SIBS, tenha continuado a operar, a falta de energia em caixas ATM e em dispositivos de pagamento provocou dificuldades. No setor financeiro, alguns bancos tiveram de colocar as agências a funcionar à porta fechada.
Super e hipermercados fecham portas
Na sequência do apagão houve muitos supermercados e hipermercados que já fecharam ou preparam-se para o fazer, apesar de terem geradores, invocando a segurança dos clientes, dos trabalhadores e a segurança alimentar.
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