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"O pacote de habitação não vai aumentar bastante o crédito hipotecário", diz CEO da Simplefy

O especialista em intermediação de crédito elogia o pacote do governo para a habitação e rejeita críticas ao efeito que a garantia bancária pode ter nos preços. "Os preços continuam a aumentar, mas isso é um problema da oferta", sublinha.

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Rui Lopes, CEO da Simplefy, empresa especializada em intermediação de crédito, não acredita que vá ter impacto significativo na concessão de crédito. O Governo apresentou mais de 30 medidas com o objetivo de "abanar o mercado" e facilitar o acesso à habitação, quer comprada, quer arrendada.

Entre as medidas mais recentes está a redução do IVA para 6% na construção e reabilitação de casas que sejam destinadas a venda ou arrendamento, e a redução da taxa de IRS para 10% para os proprietários que pratiquem rendas até  2.300 euros.

"Acreditamos que estas medidas, em concreto o pacote de habitação, não vão aumentar bastante o crédito hipotecário, porque não visam diretamente o crédito hipotecário, mas visam sim dar resposta a um problema nacional na habitação, e mais concretamente no arrendamento", diz Rui Lopes, em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.

Para o CEO da Simplefy, a questão da "renda moderada", com tecto máximo de 2.300 euros, "trabalhou mal a parte do branding", mas é uma medida positiva, que incentiva à entrada de mais casas no mercado e permite uma poupança ao senhorio que se pode refletir numa baixa da renda. "O mercado vai funcionar, eu acredito que em alguns casos vai acontecer (...) Acredito sim, que é uma medida positiva e não é só para 2.300 euros, é para 1.500, para 1.000, é para outras rendas que o mercado comporta", sublinha.

A opinião de Rui Lopes contraria o

"Preços continuam a aumentar, mas isso é um problema da oferta"

Mesmo que as novas medidas para a habitação não se reflitam no crédito, outras anunciadas anteriormente tiveram esse efeito. É o caso da garantia bancária e isenção de impostos para os jovens, que . E já surgiram vários .

"Começou-se se calhar a construir a casa pelo telhado, deveria-se ter fomentado a construção de habitação há mais anos, há mais tempo, para podermos depois ter este tipo de pacote de medidas que apoiasse, esta garantia do Estado que apoiasse os jovens para o financiamento", admite Rui Lopes. Ainda assim, o especialista em intermediação de crédito diz que a garantia bancária foi "importante" porque deu "oportunidade a uma faixa etária de poder comprar casa, que se não fosse por este pacote não o conseguiriam".

"É certo que os preços continuam a aumentar, mas isso é um problema da oferta, não é um problema da medida em si (...) Devemos, sim, avançar para medidas que fomentem a construção para que tenhamos uma maior oferta e para que os preços tenham tendência a equilibrar-se", remata.

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