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PSD quer “esclarecer envolvimento do Estado” no fecho da refinaria de Matosinhos

O partido liderado por Rui Rio vai chamar ao Parlamento os ministros do Trabalho e da Economia por desconfiar do “conhecimento e responsabilidade específica” do Governo na decisão da Galp, que ameaça 1.500 empregos no Norte do país.

refinaria de Matosinhos
refinaria de Matosinhos Paulo Duarte
11 de Janeiro de 2021 às 11:03

O PSD quer "esclarecer o envolvimento do Estado" na decisão da Galp de descontinuar a operação de refinação em Matosinhos, lembrando as "consequências negativas para o emprego e para a economia local" que irá ter numa "região particularmente afetada já com a pandemia".

"Esta decisão por parte de uma empresa na qual o Estado ainda é um acionista de referência e onde detém uma participação de capital com expressão, sugere a existência do conhecimento e responsabilidade específica do Estado face a esta decisão", referem os deputados social-democratas.

Com a assinatura das deputadas Clara Marques Mendes, Helga Correia e Carla Barros, o grupo parlamentar do PSD entregou na Assembleia da República um requerimento para que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, e o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, sejam ouvidos nas respetivas comissões sobre a decisão anunciada a 21 de dezembro de 2020.

Pondo em causa cerca de 500 postos de trabalho diretos e ainda 1.000 indiretos já a partir de 2021, a Galp, em que o Estado detém uma participação de 7% através da Parpública, decidiu concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos.

Face à "escassez de informação" e à "desumanidade" do anúncio em encerrar a refinaria de Matosinhos em contexto de crise económica e social, o PS decidiu chamar a Galp ao Parlamento. Também o PCP e o Bloco de Esquerda avançaram com pedidos de audição do ministro do Ambiente, Matos Fernandes.

Na semana passada, depois de uma reunião com o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte), Telmo Silva, criticou o "silêncio" da administração da empresa e também do Governo por não assumir as suas responsabilidades enquanto acionista.

O governante admitiu que este "tipo de fenómenos" vai acontecer em Portugal e na Europa no âmbito do caminho traçado para a descarbonização e, quanto aos empregos que vão ser perdidos, garantiu um "fortíssimo empenho do Governo" em criar novos negócios, nomeadamente ligados às energias renováveis, para absorver essa mesma mão-de-obra.

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