Em Milão, no Centro de Competências da Siemens dedicado à investigação e desenvolvimento (I&D) na área de redes elétricas, há um enorme “elefante” no meio da sala, sobre o qual ninguém parece querer falar. Chama-se apagão e aconteceu em Portugal e Espanha a 28 de abril, deixando os dois países ibéricos sem eletricidade durante mais de 12 horas. Durante a visita guiada à Casa Siemens, sede da gigante alemã em Itália, onde trabalham 1.700 pessoas e 180 mil abelhas (divididas por três colmeias e 25 mil metros quadrados de jardins), o anfitrião de serviço, Marco Latorre, manager global para a área de Marketing na Europa, aponta para uma sala onde é proibido entrar: é ali que a tecnológica alemã desenvolve e testa no “segredo dos deuses” o software de gestão de redes da gigante elétrica italiana Enel (dona da espanhola Endesa).