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Só os espanhóis têm mais casa própria que os portugueses

Um estudo sobre o mercado residencial na Europa, Médio Oriente e África, com a análise de 16 países, coloca Portugal como o segundo país com a maior taxa de proprietários, depois de Espanha, que lidera o ranking.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Outubro de 2016 às 19:13

De acordo com o estudo, hoje divulgado pela consultora imobiliária internacional CBRE, 74,2% de famílias em Portugal têm habitação própria, enquanto "Espanha lidera com uma quota de 77,7%".

Já na Alemanha e na Suíça "apenas 52,6% e 44% das casas, respectivamente", são detidas pelas famílias, revelou a CBRE.

"A discrepância estrutural entre os diversos mercados residenciais é demonstrada pelas diferenças no custo da habitação", adianta o estudo.

O indicador de custo da habitação, medido pelo rendimento médio do agregado familiar, mostra que "em Lisboa o custo da habitação é dos mais elevados, com um peso de 32% no rendimento familiar, quando comparado com os países em análise", sendo superior a países como Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Holanda ou Suíça, e apenas mais baixo do que Londres e Itália.

Nos mercados analisados na Europa, Médio Oriente e África, "mais de 60% das famílias vive em casa própria". Porém, a análise dos índices de mercado, condições socioeconómicas e tendências demográficas revelam "uma mudança estrutural complexa e profunda nos vários mercados de habitação", referiu a consultora imobiliária.

Segundo a directora de Research & Consultoria da CBRE, Cristina Arouda, "o mercado de arrendamento está a ganhar considerável relevância face à propriedade de um imóvel", devido a factores como a acessibilidade e a flexibilidade, em particular para os mais jovens.

Para Cristina Arouda, o fenómeno do arrendamento verifica-se, essencialmente, nos mercados das grandes cidades, onde existem "mais oportunidades de emprego e qualidade de vida, que levam a fortes fluxos populacionais".

"Os mercados são ainda dominados por características nacionais e regionais", apesar da contínua globalização do sector imobiliário e do aumento da interacção entre mercados imobiliários e de capital, apurou a CBRE.

O estudo adianta ainda que "o peso dos investidores institucionais e a dimensão do mercado de arrendamento privado, em oposição a um mercado ainda muito controlado pelo Estado, variam consideravelmente entre os diferentes países analisados e têm uma influência significativa na disponibilidade de unidades residenciais".

O estudo sobre o mercado residencial na Europa, Médio Oriente e África analisou as características de 16 países, na maioria países europeus, analisando a economia e demografia de cada um, assim como a oferta habitacional, a estrutura de propriedade de um imóvel, a actividade de promoção imobiliária, o volume de transacções e as tendências nacionais de arrendamento e preços de compra.

A consultora imobiliária internacional CBRE opera no mercado imobiliário em Portugal desde 1988, prestando serviços a algumas das mais importantes empresas nacionais e internacionais, nas várias áreas do sector.

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