Bracarense DST é o único candidato à compra da Efacec

A Sodecia acabou por abandonar a corrida à aquisição dos 71,73% da Efacec, deixando o Governo apenas com uma oferta neste processo de reprivatização. "O nosso investimento será fortíssimo na capitalização da empresa", promete José Teixeira, presidente do grupo DST.
José Teixeira presidente do grupo DST
Paulo Duarte
Rui Neves e Maria João Babo 24 de Novembro de 2021 às 16:05

A Parpública, "holding" estatal onde está pendurada a posição de controlo da Efacec que pertencia à empresária angolana Isabel dos Santos, acaba de anunciar que apenas recebeu uma proposta final de aquisição da participação na empresa, a do grupo bracarense DST, com a da Sing (do grupo Sodecia) a ficar pelo caminho.

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"A Parpública, SGPS, SA comunica que no âmbito do processo de reprivatização da participação social de 71,73% do capital social da Efacec – Power Solutions, SGPS, SA, no prazo estabelecido, recebeu uma proposta – Best And Final Offer, apresentada pelo investidor DST, SGPS, SA", lê-se no curto comunicado enviado pelo grupo estatal, esta quarta-feira, 24 de novembro.

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"Agora que meti o barco ao mar, não vou ficar pelo caminho", tinha já avisado José Teixeira, presidente do grupo DST, em entrevista ao Negócios, há pouco mais de três semanas, reportando-se à sua candidatura aquisição da Efacec.

"O nosso investimento será fortíssimo na capitalização da empresa", adiantou o empresário, que prometeu que iria "lutar muito para comprar a Efacec, por aquilo que, do nosso ponto de vista, é a melhor solução para Portugal", defendeu.

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"A Efacec é uma empresa com uma capacidade técnica extraordinária, com um conjunto de trabalhadores e de competências que leva décadas e décadas a formar-se. Na área dos transportes – a gestão de metros de superfície, softwares para metros... –, é absolutamente extraordinária. E Portugal não tem mais ninguém a fazer transformadores – só a Efacec. Qual é o negócio em que só há uma empresa a fabricar? O potencial é incrível", sustentou Teixeira.

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"E na área da mobilidade, que é incontornável, a Efacec é a empresa que mais horas tem. Foi uma grande surpresa, analisando a Efacec com este detalhe, a sua capacidade instalada de inovação. Quando cheguei à Efacec disse: ‘Está aqui um ecossistema de inovação...’ Inovação a sério, não é inovação de fachada e de gueto", afirmou.

 

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Quando questionado sobre uma possível intenção do Governo de "partir" a Efacec em duas para facilitar o processo de reprivatização da empresa, o líder da DST foi perentório: "Fragmentar a Efacec, para mim, zero. Se me propusessem só a compra de uma parte da Efacec... muito obrigado e até amanhã", alertou o empresário.

E propõe-se ficar com todos os atuais cerca de 2.200 trabalhadores da Efacec? "Com todos os trabalhadores", respondeu.

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Mais: "Espero que aqueles trabalhadores que estão no ‘business plan’ não cheguem para fazer o trabalho... Espero? Não, tenho a certeza. Porque quando compramos uma empresa, com este potencial e capacidade de juntar sinergias, é para admitir trabalhadores. E sobretudo porque eu gosto de trabalhadores, gosto de trabalhar com trabalhadores", rematou o líder do único candidato à aquisição da posição de controlo da Efacec.

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(Notícia atualizada às 16:12)

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