Massa falida da Dielmar lança última chamada: Comprador, precisa-se
Após um primeiro anúncio publicado na imprensa há cerca de um mês, tendo os credores da Dielmar, reunidos em assembleia a 6 de outubro suspendido os trabalhos até dia 26, o administrador de insolvência da empresa, João Francisco Gonçalves, voltou esta semana à carga.
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Um novo anúncio para "divulgar a disponibilidade da massa insolvente para receber manifestações de interesse de entidades que pretendam apresentar propostas destinadas à viabilização do estabelecimento industrial da referida sociedade, apresentando claramente o conteúdo da solução que propõem, o prazo de execução e os meios financeiros associados à mesma".
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De acordo com o mesmo anúncio, as manifestações de interesse na compra da Dielmar "deverão ser apresentadas até às 18 horas do dia 20 de outubro, disponibilizando-se o administrador judicial para, até lá, fornecer aos interessados os elementos que estes considerem necessários à realização da sua análise e proporcionar a visita às instalações".
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Na corrida contrarrelógio para salvar a Dielmar, com 244 trabalhadores que ainda mantêm vínculo contratual com a empresa, um grupo de funcionários concentrou-se na passada quarta-feira à porta desta unidade fabril, em Alcains, Castelo Branco, a exigir a sua viabilização e avisar o Governo que, se não houver solução até ao dia 26, irão ao Ministério da Economia.
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"Queremos que a empresa seja viabilizada, mas isso não depende unicamente de nós. Isso depende também dos credores. De qualquer forma, os trabalhadores são a parte mais importante desta empresa. Por isso, o Ministério tem de olhar para nós e tem de dizer, se no dia 26 ou até dia 26, não houver nenhuma solução à vista, nós antes disso iremos a Lisboa e vamo-nos concentrar em frente ao Ministério da Economia", afirmou Marisa Tavares, do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa.
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Na assembleia realizada no passado dia 6, foi decidido dar mais três semanas para que as duas propostas formais e duas manifestações de interesse possam ser consolidadas
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A Outfit 21 – Indústria de Confeções, com fábrica em Arrabal, freguesia de Leiria, é a subscritora de uma das duas propostas de aquisição da sua congénere Dielmar.
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O proprietário da Outfit 21, Vítor Madeira Fernandes, esteve presente na primeira assembleia de credores da Dielmar, onde manifestou que é sua intenção assumir o comando da empresa insolvente com o efetivo atual assim que firmar a operação.
Uma intenção que está ainda dependente da aprovação de linhas de financiamento, situação em que se encontra também a outra proposta de compra da Dielmar, cuja identificação continua por revelar.
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Fora da corrida ficou um dos interessados que tinha feito uma proposta não vinculativa para a aquisição da Dielmar – tratava-se de um consórcio de cinco empresas do setor, que acabou por desistir.
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A Dielmar apresentou-se à insolvência a 2 de agosto com uma dívida de 16,8 milhões de euros, com o Estado a haver, pelo menos, 10 milhões, valor que resulta da soma dos 5,2 milhões de euros que dois fundos públicos - o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação Empresarial (FACCE) e o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE) - aportaram à Dielmar, aos 1,7 milhões de euros de créditos da Segurança Social e aos 3,2 milhões de euros de dívida garantida pelo Estado.
Entretanto, depois de o ministro da Economia ter garantido que "não vale a pena meter dinheiro fresco em cima de uma empresa que neste momento não tem salvação", o Estado, segundo o Público, já lá meteu, desde então, mais 320 mil euros.
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