PME têm 150 milhões para procurarem novos mercados de exportação

Candidaturas à linha criada para as empresas realizarem ações de promoção que abram portas a novos mercados está aberta até ao final de junho de 2026. Valor a distribuir é a fundo perdido.
Pedro Catarino
Paulo Moutinho 14 de Julho de 2025 às 07:00

Anunciada no âmbito do Programa Reforçar, lançado quando Donald Trump avançou com tarifas contra os vários países com os quais realizada trocas comerciais, entre eles a União Europeia, a linha de apoio à promoção da internacionalização das PME chega agora ao terreno. Há 150 milhões de euros sob a forma de subvenção não reembolsável para que as empresas portuguesas procurem novos destinos para os seus produtos.

“Foi publicado o aviso que apoia operações para a promoção da internacionalização das PME nacionais, com uma dotação de 150 milhões de euros, desde que feitas mediante cooperação entre empresas”, refere o Ministério da Economia e da Coesão Territorial, salientando que estão abrangidas tanto associações empresariais como câmaras de comércio e indústria, e agências regionais de promoção turística.

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Esta verba “visa dar resposta aos desafios que se colocam com o novo contexto internacional”, nomeadamente as tarifas dos EUA. Foi anunciada em abril, mas o lançamento acontece depois de um fim de semana em que Donald Trump revelou a intenção de aplicar tarifas de 30% aos bens da União Europeia a partir de 1 de agosto.

O ministério tutelado por Manuel Castro Almeida, que sucedeu a Pedro Reis na pasta da Economia no novo Executivo de Luís Montenegro, pretende com esta linha “dinamizar a competitividade das empresas nacionais e reforçar as exportações”.

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“O objetivo é potenciar o aumento da base e capacidade exportadora das PME e o seu reconhecimento internacional, através da implementação de ações de promoção e marketing, da presença em certames internacionais e do conhecimento e acesso a novos mercados”, diz.

Nas candidaturas, abertas até 30 de junho de 2026, financiadas pelo PITD (Compete 2030), o PR Lisboa (Lisboa 2030) e o PR Algarve (Algarve 2030), será valorizada “a diversificação de mercados”, mas também há um grande foco na digitalização das PME. Será dada primazia à “utilização crescente de ferramentas digitais, mediante o recurso a tecnologias e processos associados a canais digitais”, diz o ministério.

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