Arsopi em conversações com BNDES para nova unidade no Brasil
A Arsopi, fabricante de equipamentos industriais de Vale de Cambra, tem estado em conversações com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para expandir actividade no Brasil com uma nova fábrica, sendo que o grupo detém actualmente uma unidade no Estado de São Paulo.
Segundo revelou ao Negócios José Soares (na foto), administrador financeiro da empresa, "o BNDES é o principal financiador do investimento no Brasil, que exige que tenha uma incorporação elevada". E a mesma instituição poderá ajudar a aumentar a actividade da empresa neste país. A Arsopi estuda assim "a instalação de uma outra unidade, isto se formos para lá produzir equipamentos de grandes dimensões, já não só para o Brasil, mas também para a América Latina a unidade terá que ter maiores dimensões. E deverá estar instalada junto a um porto, até porque as vias rodoviárias que existem no Brasil não ajudam", explicou.
O responsável, que falou à margem da conferência "Embrace your Future", em Vale de Cambra, explicou que a localização específica de uma futura unidade depende de "alternativas que dependem da disponibilidade de terrenos. E da existência de mão-de-obra qualificada", explicou José Soares.
A aposta no Brasil é relativamente recente. "É uma forma de estarmos próximos dos clientes locais e, ao mesmo tempo, de contornar algumas medidas proteccionistas que existem no Brasil", adiantou o administrador.
Apesar da internacionalização, José Soares garante que não há risco de a empresa se deslocalizar ou reduzir emprego em Portugal. "Não estamos a deslocalizar postos de trabalho. Procuramos fazer tudo aqui e são as nossas pessoas que vão para fora".
Entre as empresas que estiveram na conferência, a novidade veio da Colep. O CEO da empresa anunciou que a sociedade tinha fechado um acordo estratégico com uma empresa asiática. "A One Asia é como nós, actua no segmento de 'contract manufacturing' de produtos de consumo para empresas internacionais. Em conjunto chegámos à conclusão de que valia a pena uma aliança estratégica para termos uma oferta global", explicou Vítor Neves.
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