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Câmara de Grândola chumba Mina da Lagoa Salgada

No âmbito da consulta pública, a autarquia emitiu parecer desfavorável ao projeto que pretende explorar cobre, chumbo, zinco e outros metais preciosos no litoral alentejano.

02 de Maio de 2025 às 11:18

Câmara de Grândola "chumbou" o projeto da Mina da Lagoa Salgada, que pretende explorar cobre, chumbo, zinco e outros metais, como estanho, prata e ouro, por considerar que "apresenta evidentes e significativos efeitos negativos para a população, território, paisagem e ambiente - comprometendo o desenvolvimento sustentável do concelho.

O parecer desfavorável foi emitido no âmbito da consulta pública que terminou dia 30 de abril.

Em comunicado, enviado às redações, a autarquia indica que "após análise cuidada, a Câmara considera que o projeto viola o Plano Diretor Municipal, ao ignorar zonas protegidas pela Estrutura Ecológica Municipal, ameaça recursos hídricos, coloca em causa a saúde pública, devido a poeiras, ruído e vibrações de explosões subterrâneas, destrói a biodiversidade e coloca em causa a qualidade de vida da população – principalmente a que reside nos aglomerados rurais de proximidade - cujo desenvolvimento fica, também, seriamente comprometido".

O projeto para abertura da mina obteve o estatuto de investimento com Potencial Interesse Nacional (PIN) em 2022, um reconhecimento que lhe permitia acelerar e simplificar os processos de licenciamento ambiental e de construção.

Dados divulgados, na altura, pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), para fundamentar a decisão, indicavam que o projeto previa um investimento superior a 112 milhões de euros - acima do limiar de 25 milhões requerido para o "selo" PIN - e a criação de 300 postos de trabalho diretos - acima do limar de 50.

Segundo os documentos disponibilizados no portal Participa, o projeto da Mina da Lagoa Salgada - promovido pela Redcorp - Empreendimentos Mineiros - tem como objetivo a exploração de minerais metálicos básicos como o cobre, zinco e chumbo, prevendo também a exploração de mineralizações secundárias de estanho, prata e ouro.

À luz do plano, a construção tem início previsto para o primeiro trimestre de 2026 e a duração estimada de sensivelmente um ano. O início desta fase requer, em termos ambientais,  a emissão da Declaração de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução. Já a segunda fase - a da exploração - devia arrancar no segundo trimestre de 2027.

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