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Lucro da Semapa recua 35% para 73 milhões até setembro

O resultado líquido e o EBITDA dos negócios do cimento e do ambiente aumentaram nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo de 2019. Semapa reduziu dívida em mais de 230 milhões. até setembro.    

Pedro Ferreira
30 de Outubro de 2020 às 18:23

A Semapa registou nos primeiros nove meses deste ano um resultado líquido de 72,8 milhões de euros, o que revela uma queda de 35,1% face ao mesmo período de 2019, justificado pela holding "não só pela redução do EBITDA, em consequência da pandemia, como também por efeitos cambiais negativos na Secil".

Ainda assim, o grupo liderado por João Castello Branco sublinha que só no terceiro trimestre o lucro foi de 42,5 milhões de euros, o que supera mesmo em 10,2% os 38,6 milhões registados no mesmo trimestre do ano passado.

A holding, que detém negócios no setor da pasta e papel (Navigator), do cimento (Secil) e do ambiente (ETSA) salienta no comunicado de apresentação de resultados que "com a reabertura das economias e a recuperação económica progressiva verificou-se uma melhoria de performance em todos os segmentos de negócio da Semapa durante o terceiro trimestre face ao trimestre anterior".

No conjunto dos nove meses, o volume de negócios consolidado do grupo foi de 1.447 milhões de euros, menos 14% em termos homólogos, sendo que só no terceiro trimestre atingiu 505,2 milhões, crescendo 20,9% face ao trimestre anterior.

O EBITDA acumulado até setembro totalizou 326,1 milhões de euros, menos 16,8% do que os 392 milhões de há um ano. Ainda assim, face ao segundo trimestre, aumentou entre julho e setembro 45,8% para 122,8 milhões.

Face ao período homólogo do ano passado, quer a Secil quer a ETSA registaram aumentos do EBITDA de 24,2% e de 47,4%, respetivamente. O mesmo aconteceu em termos de resultado líquido, que na Secil cresceu 26,9% para 19,3 milhões de euros e na ETSA aumentou 74,7% para 4,1 milhões.

O grupo sublinha, no comunicado, que no contexto da crise da covid-19 "continuou a trabalhar ativamente na otimização da geração de caixa, com particular ênfase na gestão de custos, mas também na otimização do fundo de maneio e do capex, com um resultado de geração de cash flow livre de 264 milhões de euros", acima dos 139 milhões de euros do período homólogo de 2019. O valor bruto do investimento realizado nos primeiros nove meses situou-se em 96,7 milhões de euros.

Até setembro, a dívida líquida da Semapa reduziu-se em todos os segmentos de negócio, tendo a dívida líquida remunerada consolidada atingido 1.239 milhões de euros, inferior em 232 milhões de euros à registada no final de 2019.

Mais de mil milhões de exportações

Para o volume de negócios de 1.447 milhões de euros registado até setembro, 1.044 milhões de euros foram gerados no negócio da pasta e papel (Navigator), 380 milhões de euros no cimento (Secil) e 23 milhões de euros no ambiente (ETSA).

As exportações e vendas no exterior até setembro ascenderam a 1.023,7 milhões de euros, o que representa 70,8% do volume de negócios.

No segmento do cimento, o grupo salienta que o efeito da pandemia nas diferentes geografias onde opera foi diverso, destacando o crescimento do volume de negócios no mercado interno em Portugal de 4,2% em termos homólogos e no Brasil de 16,3%, em moeda local. No total, o volume de negócios da cimenteira recuou apenas 1,9% para 380 milhões de euros.

Já o volume de negócios da ETSA cifrou-se em cerca de 23,4 milhões de euros até setembro, o que representou um aumento de 8,2%.

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