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Tailandeses venderam fábrica de PTA em Sines

A tailandesa Indorama comprou a fábrica em Sines à Artland em 2017, tendo pago 28 milhões de euros pela empresa que se encontrava insolvente.

DR
16 de Abril de 2025 às 12:09

O gigante tailandês Indorama vendeu a fábrica de PTA em Sines, indicou o grupo esta quarta-feira em comunicado. A decisão foi tomada no passado dia 7 de abril e é justificada com "as condições de mercado, as pressões económicas, incluindo elevados custos de matérias-primas e energia, impactos inflacionários e concorrência de importações de PTA de baixo custo".

A empresa alienou a totalidade do capital da Indorama Ventures Portugal PTA -Unipessoal, LDA. numa operação concluída a 11 de abril. A identidade do comprador não foi revelada, bem como o valor do negócio. A fábrica, que empregava 60 trabalhadores, tinha fechado portas no final de março após ter colocado os seus 60 trabalhadores em lay-off durante um ano.

A Indorama adquiriu em 2017 a fábrica em Sines à Artland, que se encontrava em insolvência, por 28 milhões de euros.

A fábrica de PTA em Sines nasceu de um projeto da catalã La Seda, em 2006, que optou por Portugal para a sua nova fábrica de ácido tereftálico purificado (PTA), matéria-prima do politereftalato de etileno (PET), com uso nas embalagens e no têxtil. O projeto ganhou no ano seguinte o estatuto de potencial interesse nacional (PIN) ao projecto, numa decisão do Governo liderado por José Sócrates.

O investimento na unidade ascendeu a 400 milhões de euros, tendo a Caixa Geral de Depósitos sido o financiador.

A operação naquela unidade, designada Artlant, arrancou em 2012. Contudo, no ano seguinte a La Seda, principal cliente da unidade, apresentou-se à insolvência. Em 2014, a Artlant apresenta-se a Processo Especial de Revitalização. Foi aprovado. Vender o activo era a hipótese. A CGD, enquanto maior credora, tenta alienar o projecto que é, em paralelo, o seu maior devedor.

O PER não funcionou. As vendas previstas não se cumpriram. E em 2017, um credor, a SMMP, pede a insolvência da Artlant. É neste processo que os activos da fábrica são alienados à Indorama. 

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