Parlamento "optimista" e unido para resolver impasse da TDT
"Agora é que é. Tem que ser. E do que depender de nós vamos fazer todos os possíveis e impossíveis para que impasse da TDT se resolva". Foi com estas palavras que Edite Estrela, presidente da Comissão de Cultura e Comunicação, encerrou a conferência ‘TDT: Uma Solução Urgente’ que decorreu esta terça-feira, 24 de Maio, no Parlamento.
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Edite Estrela confessou ainda partilhar "do optimismo" manifestado por Gonçalo Reis, presidente da RTP, numa solução breve para o alargamento da oferta da TDT, uma tema que já é debatido há 16 anos.
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Uma solução que passe pela introdução dos canais públicos RTP3 e RTP Memória na plataforma, "mas que também defenda o interesse dos operadores privados".
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Durante o debate, os vários intervenientes do sector, desde os operadores televisivos, reguladores e especialistas até aos partidos políticos, concordaram que é necessário alargar o número de canais e o mais rapidamente possível.
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Defenderam que é preciso realizar alguns estudos para a entrada de mais canais dos privados e não da RTP, por exemplo, ou para alterar o actual modelo económico mas de forma célere.
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"A discussão não pode estar embrulhada num calendário sem fim. Esta situação que vivemos em Portugal é uma vergonha. Temos andado a arrastar um problema a que ninguém põe cobro. Da nossa parte estamos disponíveis para encontrar uma solução", referiu o deputado do BE, Jorge Campos.
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Uma opinião partilhada pelos restantes partidos políticos, que a partir da próxima semana vão começar a discutir o tema, na Comissão de Cultura e Comunicação, que foi relançado no início deste ano pelo Bloco de Esquerda.
"Desta vez, há uma grande vontade do sector todo em resolver este impasse", disse Gonçalo Reis, relembrando que a RTP está totalmente disponível para acrescentar mais canais de televisão e até de rádio à TDT.
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Já do lado da SIC e da TVI não há tanto optimismo. Os operadores são a favor do alargamento da oferta, incluindo a introdução dos canais da RTP, mas defendem "que a solução também deve passar pela democratização do acesso", como explicou Nuno Conde da SIC.
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No que toca aos preços cobrados pelo sinal da TDT, pela PT, também parece haver unanimidade entre o sector para os actuais moldes serem revistos.
João Pedro Figueiredo, jurista especialista em direito de media, apontou mesmo o dedo à Anacom por ter aprovado os actuais preços de distribuição que no caso da RTP, por exemplo, rondam os três milhões por ano. "A Anacom ignorou completamente o interesse público", acrescentou, referindo-se ao relatório onde o regulador concluiu que os preços cobrados estavam orientados para os custos.
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Além disso, considerou que se a Comissão Europeia não conhece o mercado da TDT em Portugal "a Anacom tem responsabilidade por não ter explicado".
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