Greenfiber Tech - Construção vegetal

Uma piscina feita à base de fibra de coco ou um banco de jardim assente em fibra de cânhamo. Tudo poderá ser possível com os Smart Composites.
Ana Pimentel 31 de Maio de 2012 às 10:11

A ideia surgiu depois das inúmeras viagens que fez pelo mundo. Constatou que a área do bem-estar estava sempre em desenvolvimento e começou a vasculhar os cadernos onde regista todas as suas ideias. "Primeiro trabalhei sozinho, mas depois o meu filho Nuno Santos juntou-se à equipa, bem como outro ex-colega de trabalho, Paulo Nogueira.

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Com uma experiência de 38 anos em gestão, optou por um produto inovador no mercado da indústria de compósitos: os "Smart Composite".

São uma mistura de polímeros com fibras vegetais, como fibra de coco, cânhamo, palmeira, entre outros. "Há uma série de fibras que estamos a estudar para conseguir fazer esta mistura." Objectivo: criar peças de mobiliário e construção mais leves e amigas do ambiente.

Os materiais utilizados em Spas, Health Clubs, ou mesmo em casa, são tradicionalmente construídos com madeiras tropicais. "Com o controle que existe sobre as florestas, há uma maior racionalidade de quantidades, menos disponibilidade e o preço sobe.

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O que nós estamos a fazer são produtos alternativos: mais leves do que a madeira, com uma cor natural castanha (sem aditivos), que não precisam de manutenção, incorporam fibras naturais e que recorrem a tecnologias de transformação já existentes."

Fixaram o negócio em três áreas: construção civil, naval e mobiliário urbano. A empresa vai desenhar e produzir peças possíveis de utilizar no exterior, mesmo sujeitos ao sol e à chuva.

Segundo Jorge Santos, a sua mais-valia está no peso, na maior resistência ao choque, ao calor e uma maior impermeabilidade. "Esta foi a nossa inovação: conseguimos uma mistura com uma percentagem muito grande de fibras naturais (entre 60 a 80%, dependendo da aplicação) enquanto o normal é esta percentagem rondar 40 a 50% de fibra."

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Palavra de ordem: exportar

A indústria de construção naval e civil dos Estados Unidos da América e o Canadá são os principais mercados da Greenfiber Tech, onde os compósitos podem ser aplicados em barcos, terraços, jardins, piscinas , spa, mobiliário de exterior, entre outros. Os outros mercados são a Escandinávia, países da Europa Central, Rússia, Turquia e Emirados Árabes Unidos. "A empresa está totalmente direccionada para exportação. Sabemos que existem alguns consumos em Portugal e, se for preciso cobrimos essa área, mas estamos a pensar principalmente em mercados exteriores."

Para o primeiro ano, está prevista uma facturação na ordem de 1,5 milhões de euros. A partir daí, com o desenvolvimento dos produtos e se a empresa trabalhar a uma "velocidade cruzeiro", estima chegar aos 18 a 20 milhões de euros por ano, só com exportações. Contudo, ainda está a ser negociado o financiamento da empresa com capitais de risco.

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Jorge Santos não tem dúvidas: o ciclo de investimento vai ser longo e é capaz de se arrastar até Agosto de 2013. Entretanto, está à procura de alternativas de subcontratação para iniciarem actividade antes. "Não queremos estar um ano e meio parados."

Bilhete de identidade

Empresa Greenfiber Techh

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bAgosto de 2011

Área de actividade Cleantech - empresa que trabalha essencialmente com produtos amigos do ambiente.

Investimento Inicial Dois milhões de euros

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Número de colaboradores previsto 40

Sede NET - Novas Empresas e Tecnologias (Business and Innovation Centre do Porto)

Apoios à inovação

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A Greenfiber Tech foi criada no âmbito do EIBTnet , um programa que apoia a criação de empresas inovadoras e de base tecnológica promovido pela NET - Novas Empresas e Tecnologias S.A. (BIC Porto) e co-financiado pelo ON2 - O Novo Norte e QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A empresa situa-se no edifício Promonet, usufruindo dos apoios necessários nesta fase de arranque. "A NET compreende bem o que as empresas como a nossa necessitam em cada etapa da sua vida, fornecendo um conjunto de nutrientes traduzidos em serviços de qualidade que não se encontram em qualquer sítio" , afirma Paulo Nogueira, director de "marketing", vendas e logística da Greenfiber Tech. "Sabemos que estamos num meio que nos proporciona várias vantagens" , acrescenta.

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