Um "site", um livro, uma revista
Ser ou não ser, eis a questão.
Um "site"
Ser ou não ser, eis a questão
![]() | ![]() O “lateralaction.com” é um site dinamizado por Mark McGuiness, que é tambémum consultor de empresas, especialista eminovação. |

O “lateralaction.com” é um site dinamizado por Mark McGuiness, que é tambémum consultor de empresas, especialista eminovação.
Ser ou não ser, eis a questão. Esta formulação de William Shakespeare é uma das mais citadas, quando se pede uma referência sobre o dramaturgo inglês. Mark McGuinness , no site "Lateral Action", defende que ele, além de uma óbvia referência literária foi um empreendedor.
Diz McGuiness: "como Dick Whittington, o jovem Shakespeare deixou a cidade rural onde nasceu para tentar a sua sorte em Londres. Em comum com muitos empresários, sem o privilégio de uma fortuna de família ou de uma formação universitária, apenas tinha o talento, a ambição e a capacidade de trabalhar muito. No decurso da sua carreira em Londres, Shakespeare tornou-se accionista de uma companhia de teatro chamada 'Os homens de Lord Chamberlain' que venceu a concorrência feroz e se tornou na mais bem sucedida de Londres. (...) Shakespeare subiu a pulso e deixou de ter o estatuto de plebeu para passar a ser visto como um cavalheiro".
Naquela companhia de teatro todos os actores eram accionistas e, graças ao sucesso das peças que levavam à cena, todos eles lucraram com esse estatuto. Segundo McGuiness, existe uma fórmula shakespeariana que deve inspirar um empreendedor: "criatividade+produtividade=sucesso. Verifique se o seu negócio é criado para sustentar a sua produtividade".
Um Livro
Desassossegar a economia
![]() | ![]() “A economia não existe”, do espanhol Antonio Baños Boncompain, é editado emPortugal pela Guerra&Paz. Tem196 páginas. |

“A economia não existe”, do espanhol Antonio Baños Boncompain, é editado emPortugal pela Guerra&Paz. Tem196 páginas.
O livro apresenta-se com subtítulo apelativo, - como desmontar o sistema capitalista sem sair do sofá? - e o autor que Antonio Baños Boncompain cita no primeiro capítulo do seu livro é Bernardo Soares. "Desconfio dos mestres que o não podem ser primários. São para mim como aqueles poetas estranhos que são incapazes de escrever como os outros", sentencia o heterónimo de Fernando Pessoa, em "O Livro do Desassossego".
Desassossego é, pois, o objectivo primário de "A economia não existe". O de colocar o olhar além dos números. "Já não se trata de falar de socialismo, keynesianismo ou liberalismo. De debater números de crescimento ou de inflação. De louvar determinado economista e votar a favor de um qualquer programa económico. Não é válido discutir grandes alternativas ou pequenos programas de cooperação eficaz. Resta apenas uma opção: procurar a visão que se obtém quando fechamos os olhos ao espectáculo da economia", escreve Antonio Baños Boncompain, um mileurista, designação atribuída em Espanha a uma pessoas que nasceu entre 1965 e 1985 e que não ganha mais de mil euros/mês.
Enquanto exercício de desconstrução, o livro preenche os requisitos. E mesmo que a economia exista "não tem razão", desabafa o autor.
Uma Revista
Angola na próxima década
![]() | ![]() A edição angolana da revista "Exame" perspectiva as onze tendências que vão marcar o futuro do país durante esta década. |

A edição angolana da revista "Exame" perspectiva as onze tendências que vão marcar o futuro do país durante esta década.
Onze. É este o número de desafios que a "Exame Angola" elege como marcantes para o país durante esta década. Dirigida por Carlos Rosado Carvalho, que também já foi director da edição portuguesa da "Exame", a revista aponta o sector das "infra-estruturas" com a primeira prioridade.
"A reconstrução nacional ainda é o maior desafio do país. Depois de consolidado o processo de paz, com a herança de um país destruído, iniciou-se este enorme esforço. Que não acabou e vai manter-se durante a próxima década. Levar água potável e electricidade a toda a população e reforçar os meios de comunicação são as prioridades infra-estruturais para os próximos anos", sublinha a "Exame Angola".
As outras dez tendências que, de acordo com a revista, irão marcar o futuro do país, são o desenvolvimento industrial, o equilíbrio monetário, agricultura e pescas, integração económica regional, angolanização da economia e formação, assimetrias regionais, redução da pobreza, educação e saúde, habitação e ambiente e qualidade de vida.
Este retrato revela-se útil para quem olha para Angola como um mercado potencial, dado que permite detectar áreas com potencial de negócio e a forma de as abordar.
Mais lidas