Viajar a mais de 1.000 km/hora dentro de um tubo? Vai ser assim

Elon Musk nasceu há 41 anos em Pretória, na África do Sul. Em quatro décadas de vida criou várias empresas. Talvez, uma das mais conhecidas em Portugal seja a Paypal – o sistema que permite a transferência de dinheiro através de email – da qual foi um dos fundadores. Em 2002, a empresa foi vendida à Ebay. Mas as ideias empreendedoras de Musk não se ficam por aqui.

Uma pesquisa rápida sobre o fundador e CEO da Tesla Motors (empresa que desenvolve veículos eléctricos) mostra que este empreendedor, que actualmente vive nos Estados Unidos, criou uma espécie de academia para os programadores da área da inteligência articifial, e que lidera a SpaceX que recentemente conseguiu pousar uma componente principal do foguete Falcon 9 numa plataforma instalada no Oceano Atlântico depois de ter projectado um satélite de comunicações japonês.

Um outro projecto que tem captado, no últimos anos, a atenção do empreendedor é um veículo que viaja a alta velocidade através de um tubo. E a sua concretização já esteve mais longe. De acordo com um artigo publicado pelo Financial Times (FT), a start-up Hyperloop Technologies, uma das empresas que está a desenvolver o projecto, angariou uma ronda de 80 milhões de dólares – pouco mais de 70 milhões de euros – junto de investidores como a GE Ventures e a empresa pública de caminhos-de-ferro francesa, a SNCF.

Musk mostrou interesse, há cerca de três anos, por uma tecnologia que se chama hyperloop. Na base desta solução está um tubo a partir do qual o ar bombeado cria algo muito próximo de vácuo, o que, teoricamente, torna possível o transporte de pessoas ou carga a uma velocidade próxima da velocidade do som (1.236 quilómetros por hora). Em 2013, quando manifestou o seu interesse pela tecnologia, Musk tornou pública a sua investigação para que outros pudesse trabalhar neste conceito. A mesma fonte adianta que esta ideia foi lançada como uma alternativa potencial aos planos para uma linha de alta velocidade na Califórnia que ligasse São Francisco a Los Angeles.

 

De acordo com a publicação norte-americana Business Insider, os primeiros testes ao sistema desenvolvido pela start-up vão ser realizados esta quarta-feira. Mas, à partida, estes exercícios não vão mostrar os seus sistemas em larga escala, vão ser feitas apenas demostrações subjacentes à tecnologia. A empresa terá estado nos últimos tempos a realizar testes de propulsão a céu aberto. A Hyperloop Technologies também vai mudar de nome. Vai passar a chamar-se "Hyperloop One".

Segundo o TechCrunch, está captação de financiamento e mudança de denominação surge apenas alguns dias depois de a concorrente Hyperloop Transportation Technologies (HTT) ter revelado que obteve licenciamento para apostar no seu protótipo com tecnologia de levitação magnética. A mesma fonte escreve que as duas empresas estão a trabalhar nos modelos de hyperloop de Musk.