Apple avalia novas opções de pesquisa de IA. Dona da Google cai quase 9%   

A fabricante do iPhone, que tem um acordo com a Google, está a avaliar acrescentar novas ferramentas de pesquisa por IA ao browser Safari. A Alphabet, dona do motor de busca mais usado do mundo, afunda em bolsa.     
Apple tecnológica iphone
Yuki Iwamura/AP
Pedro Barros Costa 07 de Maio de 2025 às 17:59

A Apple Inc. está "ativamente a olhar" para uma reformulação do browser Safari nos seus dispositivos, acrescentando ferramentas de pesquisa baseadas em inteligência artificial (IA), perante a possível rescisão do acordo que tem com a Google, disse um dos seus principais executivos da empresa esta quarta-feira. As ações de classe A da Alphabet, dona do motor de busca mais utilizado a nível mundial, tombam 8,96% para 149,31 dólares depois das declarações.

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Eddy Cue, vice-presidente da fabricante do iPhone, fez a revelação durante um testemunho no processo do Departamento de Justiça dos EUA contra a Alphabet. No centro da discórdia, está o acordo entre a Apple e a Alphabet, no valor de 20 mil milhões de dólares anuais, que torna o Google o motor de busca por defeito no browser da Apple.    

O executivo nota que as pesquisas no Safari caíram pela primeira vez no mês passado, o que atribui às novas ferramentas de IA. Cue acredita que as pesquisas feitas através do ChatGPT, Perplexity ou Claude vão acabar por substituir as pesquisas feitas no Google e que essas opções poderão estar presentes no Safari no futuro. Contudo, o Google deve continuar a ser por enquanto o motor de busca no Safari, com Cue a dizer que "perdeu o sono" com a possibilidade de a Apple ficar sem as receitas do acordo.  

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O responsável diz que os novos instrumentos de pesquisa "vão ser acrescentados à lista", mas "provavelmente não serão por defeito", acrescentando que precisam de melhorar. Especificamente, Cue diz que teve algumas discussões com a Perplexity. Neste momento, a Apple oferece o ChatGPT, da OpenAI, na Siri, e deve acrescentar o Gemini, o produto de pesquisa de IA da Google, ainda este ano.

*Com Bloomberg

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