Dona do ChatGPT desiste de ser empresa com fins lucrativos

A OpenAI indicou que vai repensar a forma como vai proceder à mudança para uma empresa com fins lucrativos, mantendo a empresa principal no controlo. Mudança de pensamento vem depois de várias críticas do setor.
Inês Pinto Miguel 06 de Maio de 2025 às 11:06

A OpenAI deu um passo atrás no plano de reestruturação que já tinha anunciado fazer. A dona do ChatGPT optou por manter a sua matriz sem fins lucrativos na gestão, depois de sucessivas pressões e críticas.

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Elon Musk, cofundador da OpenAI que se afastou para se dedicar à Tesla, foi um dos mais críticos em relação à alteração empresarial, tendo acusado a empresa de se afastar da sua missão de desenvolver Inteligência Artificial (IA) em benefício da humanidade.

Esta medida, que representa um retrocesso no avanço da empresa, deve limitar ainda o poder fe Sam Altman na OpenAI.

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"A OpenAI foi fundada como uma organização sem fins lucrativos e hoje é essa organização que supervisiona e controla as atividades com fins lucrativos", escreve Sam Altman aos funcionários. "No futuro continuará a ser uma organização sem fins lucrativos a supervisionar e controlar as atividades lucrativas. Isso não vai mudar", vinca. 

O objetivo da empresa com fins lucrativos era apoiar o desenvolvimento de IA generativa, que se tem mostrado dispendiosa e onde a dona do ChatGPT tem alocado grandes investimentos. Sam Altman apontou que a empresa tem contado com o apoio dos seus investidores, nomeadamente da Microsoft, e tem estado em contacto com os reguladores para perceber a divisão da participação no negócio com fins lucrativos.

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Ainda com algumas alterações à estrutura, os executivos admitem que a startup vai continuar a ser "bastante semelhante" à presente. 

No entanto, mantém-se a dúvida sobre o que vai mudar, e qual o nível de controlo a exercer nos lucros.

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"Altura de evoluir"

O CEO da OpenAI sublinhou que, apesar do ligeiro retrocesso, "há três coisas que queremos alcançar" na estrutura. 

"Queremos ser capazes de operar e obter recursos de forma a tornar os nossos serviços amplamente disponíveis para a humanidade, o que atualmente exige centenas de milhares de milhões de dólares e pode, eventualmente, exigir biliões de dólares", escreve Altman.

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Na visão dos responsáveis da empresa "esta é a melhor maneira de cumprirmos a nossa missão e fazer com que as pessoas criem enormes benefícios com as novas ferramentas". 

O segundo ponto foca-se precisamente na estrutura da empresa. A OpenAI quer que a "organização sem fins lucrativos seja a maior e mais eficaz da história", concentrando-se no uso da IA e em entregar "os melhores resultados" possíveis. 

Sam Altman volta também a concentrar-se no "core" da empresa: "entregar uma IA generativa benéfica". O objetivo do dono do ChatGPT é "garantir que a IA democrática vença a IA autoritária". 

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