Fornecedora da Apple na China surpreende ao permitir eleições para comissão de trabalhadores
A Foxconn, fabricante de produtos electrónicos que tem a Apple como principal cliente, planear eleições para um sindicato nas fábricas que detém na China, pela primeira vez, segundo o "Financial Times".
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Este passo pode representar uma grande mudança no mercado laboral chinês. No país os sindicatos são habitualmente controlados pelas empresas e pelo governo. Nunca, até aqui, uma grande empresa tinha tomado uma decisão do género.
A maior empregadora privada na China, que assegura 1,2 milhões de postos de trabalho, garantiu que o processo terá uma grande representação de trabalhadores juniores e que não haverá interferência da gestão.
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As eleições para a direcção da união sindical ocorrerão de cinco em cinco anos, através de voto secreto, afirmou a Foxconn ao Financial Times. A Fai Laibor Association (FLA) ajudará a Foxconn a ensinar os trabalhadores como escolher os seus representantes. Muitos trabalhadores desconhecem quais as verdadeiras funções de um sindicato.
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O método que levou à eleição da actual união sindical “não foi democrático porque houve transparência na nomeação dos candidatos”, afirmou, ao FT, uma fonte que está a trabalhar nas próximas eleições. A mesma fonte acrescentou que “mais de metade dos membros da comissão pertencem à gestão” da companhia.
Com esta medida, a tecnológica pretende responder aos protestos e greves que têm trazido custos à empresa. As negociações terão sido encorajadas pelo governo chinês. Para além disto, a Apple terá pedido à FLA (associação de trabalho justo) uma auditoria às unidades dos seus principais fornecedores que encontrou na falta de representação dos trabalhadores uma das principais queixas.
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