Mais um negócio multimilionário. OpenAI anuncia acordo com Broadcom
O negócio multimilionário entre a OpenAI e a Broadcom tornou-se oficial. As tecnológicas assinaram um acordo plurianual para a colaboração em "chips" personalizados, de forma a construir e implementar 10 gigawatts (GW) de aceleradores de inteligência artificial (IA).
É desta forma que as duas empresas confirmam o negócio noticiado pela imprensa americana no início de setembro, que avaliava o acordo entre as tecnológicas em 10 mil milhões de dólares. Apesar da especulação, a OpenAI e a Broadcom não revelaram os termos financeiros da operação.
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Contudo, o negócio já está a fazer das suas. A Broadcom, liderada por Hock Tan, está a subir 9,74% para 356,66 dólares, superando os valores de quando os rumores do acordo se tornaram públicos. Com este salto, a empresa que viu as ações subirem 40% desde janeiro, tem uma capitalização de mercado de 1,65 biliões de dólares.
Assim, a Broadcom junta-se à Nvidia e à AMD nos negócios com Sam Altman, que está a desdobrar-se para dimensionar a infraestrutura de IA que existe nos Estados Unidos. As duas empresas trabalham juntas há 18 meses, mas só agora revelaram publicamente os planos do que irá surgir nos próximos meses.
De acordo com a Bloomberg, a OpenAI está responsável por desenhar o hardware e a Broadcom vai desenvolver os "chips". O equipamento só deverá começar a ser instalado no segundo semestre de 2026, mas vão permitir adicionar 10GW de capacidade aos centros de dados de IA que estão a ser construídos.
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A equipa de Sam Altman optou por desenhar os processadores, sustentando que consegue "incorporar o que aprendeu com o desenvolvimento de modelos e serviços de IA diretamente no hardware, desbloqueando novos níveis de capacidade e inteligência". Ainda assim, a implementação do hardware só estará concluída em 2029.
"A parceria com a Broadcom é um passo fundamental na construção da infraestrutura necessária para libertar o potencial da IA e proporcionar benefícios reais para as pessoas e empresas. Desenvolver os nossos próprios processadores contribui para um ecossistema mais amplo de parceiros, com todos a construir a capacidade necessária para expandir os limties da IA e proporcionar os benefícios a toda a humanidade", escreve o fundador da OpenAI no comunicado conjunto que dá conta do acrodo.
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Já Hock Tan garante que a colaboração entre as duas empresas "representa um momento crucial na procura pela IA geral". "A OpenAI está na vanguarda da revolução da IA desde o ChatGPT, e estamos entusiasmados por desenvolver e implmentar em conjunto 10GW de aceleradores e sistemas de rede de última geração para abrir caminho para o futuro da IA".
Estes sistemas, segundo informação do comunicado, incluem rede, memória e computação, sendo todos personalizados, sendo construído com base na Ethernet da Broadcom. Ao optar por desenvolver o seu próprio hardware, a OpenAI está a tentar reduzir os custos em vários milhões de dólares, com a indústria a estimar que um data center de 1GW tenha um custo aproximado de 50 mil milhões de dólares, com a maioria dos encargos a destinar-se aos "chips".
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