Microsoft pode escapar a multa da UE após prometer separação do Teams
A tecnológica comprometeu-se a manter o Teams fora do pacote Office nos próximos sete anos. A Comissão Europeia vai fazer um teste para avaliar a proposta, mas Salesforce já admitiu que estará atenta às práticas anticoncorrenciais.
A Microsoft terá feito novas concessões aos reguladores europeus, com o objetivo de escapar à pesada multa que se avizinhava no caso do Teams.
Segundo a Bloomberg, a Comissão Europeia estará disposta a encerrar a investigação contra a Microsoft, depois da tecnológica admitir estar disposta a manter o Teams fora do Office.
A investigação foi aberta em 2020 após uma queixa apresentada pelo Slack, que acusou a empresa fundada por Bill Gates e atualmente liderada por Satya Nadella, de posição dominante ao vincular o Teams ao pacote do Office 365.
Entretanto, a Microsoft já desvinculou os dois produtos e, por forma a evitar uma multa de Bruxelas, comprometeu-se a manter o Teams fora do Office nos próximos sete anos.
No entanto, é estimado que o processo se arraste por mais uns meses, com o regulador europeu a lançar um teste de mercado para analisar se a solução encontrada pela tecnológica norte-americana é suficiente.
A Microsoft mostrou-se "confiante" de que a concessão seria suficiente para encerrar a investigação ao Teams sem qualquer coima, que pode chegar a 10% da faturação anual da empresa. "Os compromissos agora propostos são o resultado de conversas construtivas com a Comissão Europeia ao longo de vários meses", apontou a Microsoft à publicação.
A Salesforce, que entretanto comprou o Slack, assegurou que vai escrutinar a proposta da concorrente. Na visão da empresa, o teste anunciado por Bruxelas "afirma que as práticas anti-competitivas da Microsoft com o Teams prejudicaram a concorrência e exigem remédios", adiantou Sabastian Niles, diretor jurídico da Salesforce.
Um possível acordo em relação ao Teams permite à Microsoft escapar das multas que Bruxelas tem aplicado às tecnológicas americanas, que atingiram recentemente a Apple e a Meta.
Mais lidas