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Tribunal turco ordena encerramento do Twitter e do Youtube

Queixas de cidadãos levaram um tribunal turco a bloquear o acesso ao Twitter e ao Youtube. Há cerca de um ano, a decisão de proibir, temporariamente, estas redes sociais partiu do Governo.

Turquia manifestações
Turquia manifestações Reuters
Negócios 06 de Abril de 2015 às 14:42

Uma fonte da indústria de telecomunicações turca avançou à agência Reuters que os serviços do Twitter e do Youtube foram bloqueados no país por ordem judicial. Esta decisão surge menos de uma semana após um procurador turco, responsável pelo inquérito à morte de um jovem durante as manifestações anti-Governo em 2013, ter sido feito refém num tribunal de Istambul pelo grupo marxista clandestino Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C), envolvido em diversos ataques e atentados na Turquia nos últimos anos. O procurador Mehmet Selim Kiraz foi baleado durante a operação de resgate e acabou por morrer no hospital.

Vários jornais turcos avançam que a decisão de bloquear o Twitter e o Youtube pode estar relacionada com este caso, já que circulam nas redes sociais fotos do período que antecedeu a operação de resgate e que mostram o procurador sentado numa cadeira com uma pistola apontada à cabeça.

Esta é assim a segunda vez em pouco mais de um ano que Turquia decide bloquear as duas redes sociais. A 20 de Março, a Direcção de Telecomunicações da Turquia bloqueou o acesso ao Twitter, na sequência de um escândalo de corrupção que envolvia o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, actual presidente do país.

Uma semana mais tarde, a três dias das eleições locais, o Executivo fechou o acesso à página de partilha de vídeos YouTube, alegadamente, devido à publicação de uma conversa telefónica sobre alegadas operações militares na Síria.

Recep Tayyip Erdogan acusou, na altura, as redes sociais de divulgarem informações erradas: "Não entendo como é que as pessoas com bom senso podem defender o Facebook, o YouTube e o Twitter. Esses sítios têm todo o tipo de mentiras", acusou. 

Dias mais tarde, um tribunal da Turquia decidiu levantar a proibição afirmando que esta constituía uma "violação dos direitos humanos". Um dia antes, a 3 de Abril, o Tribunal Constitucional tinha já ordenado a reposição do acesso ao Twitter.

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