AT&T colaborou com a NSA para espiar as comunicações

A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos encontrou na companhia de telecomunicações AT&T um parceiro particularmente eficaz para espiar as comunicações, segundo novas informações encontradas nos documentos do antigo consultor Edward Snowden.
Bloomberg
Lusa 16 de Agosto de 2015 às 15:40

De acordo com o The New York Times e o 'site' de jornalismo de investigação ProPublica, que continuam a descodificar dados divulgados, a norte-americana AT&T é descrita como uma empresa "extremamente cooperativa", que demonstrou "uma grande vontade de colaborar".

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Segundo o The New York Times, não é claro se o programa descrito pelos documentos, datados entre 2003 e 2013, continua activo hoje em dia.

 

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Os documentos mostram que a AT&T permitiu à NSA ter acesso a milhares de 'emails' trocados em território norte-americano, incluindo na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, local onde aquela companhia norte-americana é a fornecedora do acesso à Internet.

 

A vigilância das trocas electrónicas da sede das Nações Unidas foi ordenada por um tribunal federal internacional, segundo os documentos.

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Washington disse, entretanto, à ONU que não mais iria recolher dados sobre as suas comunicações.

 

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As empresas de telecomunicações Verizon e MCI (comprada pela Verizon em 2006) também colaboraram com a NSA.

 

A AT&T começou em 2011 a fornecer diariamente à NSA mais de um milhar de registos de telemóveis. O objectivo era obter um fluxo "operacional antes do décimo aniversário do 11 de Setembro", indicam os documentos analisados pelos média.

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Depois das revelações de Edward Snowden em 2013, as autoridades afirmaram que a vigilância das comunicações dizia respeito essencialmente às linhas fixas e não de telemóveis.

 

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Edward Snowden está na Rússia ao abrigo de um asilo temporário que lhe foi concedido a 01 de agosto de 2013 pelo prazo de um ano e prolongado por mais três anos em agosto de 2014.

 

Acusado de espionagem nos Estados Unidos, arrisca uma pena de prisão de até 30 anos no seu país.

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Os documentos que Snowden enviou a alguns jornalistas revelavam programas de espionagem de uma dimensão até então totalmente desconhecida.

 

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A recolha pela NSA de metadados das chamadas telefónicas, incluindo nos Estados Unidos, e sem qualquer controlo judicial, preocupou particularmente os defensores das liberdades individuais.

 

A Casa Branca rejeitou, no final de julho, uma petição assinada por 167.954 pessoas de perdão incondicional para o ex-consultor da NSA que desvendou as reais dimensões da rede de espionagem electrónica dos Estados Unidos.

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