Estado espanhol avança com compra de até 10% da Telefónica
O Governo de Espanha autorizou a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI), "holding" que gere as participações do estado espanhol, a comprar até 10% da Telefónica. A decisão, aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros, acontece numa altura em que a entrada da Saudi Telecom na operadora espanhola gera preocupações ao governo liderado por Pedro Sánchez. A aquisição permite à "holding" que gere as participações do estado espanhol tornar-se o acionista maioritário, evitando que os sauditas tenham o controlo (após a aquisição de 9,9% da Telefónica). O Executivo espanhol destaca que Telefónica é "uma das principais empresas do país", tendo um "papel-chave" no setor das telecomunicações e outros âmbitos estratégicos. O governo espanhol dá, assim, resposta aos sauditas, que em setembro anunciaram a compra de 9,9% da Telefónica por 2,1 mil milhões de euros. O negócio foi feito através da aquisição de 4,9% de ações representativas e de outros instrumentos financeiros, que conferem à Saudi Telecom uma exposição económica sobre outros 5% do capital social da Telefónica. Estes 5% permitiriam à operadora saudita obter os direitos de voto correspondentes "mediante a liquidação física dos referidos instrumentos financeiros após a obtenção das autorizações regulatórias necessárias", de acordo com a informação comunicada na altura ao regulador espanhol. Mas para fazê-lo teria de passar pelo crivo do Estado, que rapidamente mostrou preocupação em ver um ativo como a Telefónica nas mãos dos sauditas. O governo espanhol refere ainda que a entrada no capital da empresa "está em linha" com o que se verifica em outros países europeus. "A Alemanha detém 13,8% do capital da Deutsche Telekom, França dispõe de 13,4% na Orange, e Itália adotou um acordo para aumentar a sua participação até 20% na empresa que agrega os ativos da rede fixa da Telecom Italia". A Saudi Telecom, que é maioritariamente detida pelo fundo soberano da Arábia Saudita, é uma das entidades interessadas em comprar a dona da Meo, segundo a Bloomberg. Ao Negócios, fonte oficial do gabinete do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa garantiu estar atento aos desenvolvimentos no setor e que, caso venha a ser formalizada uma proposta, "a mesmo será analisada à luz do quadro legal vigente, com o necessário envolvimento das competentes entidades reguladoras".
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A aquisição permite à "holding" que gere as participações do estado espanhol tornar-se o acionista maioritário, evitando que os sauditas tenham o controlo (após a aquisição de 9,9% da Telefónica).
O governo espanhol dá, assim, resposta aos sauditas, que em setembro anunciaram a compra de 9,9% da Telefónica por 2,1 mil milhões de euros. O negócio foi feito através da aquisição de 4,9% de ações representativas e de outros instrumentos financeiros, que conferem à Saudi Telecom uma exposição económica sobre outros 5% do capital social da Telefónica.
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Estes 5% permitiriam à operadora saudita obter os direitos de voto correspondentes "mediante a liquidação física dos referidos instrumentos financeiros após a obtenção das autorizações regulatórias necessárias", de acordo com a informação comunicada na altura ao regulador espanhol. Mas para fazê-lo teria de passar pelo crivo do Estado, que rapidamente mostrou preocupação em ver um ativo como a Telefónica nas mãos dos sauditas.
O governo espanhol refere ainda que a entrada no capital da empresa "está em linha" com o que se verifica em outros países europeus. "A Alemanha detém 13,8% do capital da Deutsche Telekom, França dispõe de 13,4% na Orange, e Itália adotou um acordo para aumentar a sua participação até 20% na empresa que agrega os ativos da rede fixa da Telecom Italia".
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A Saudi Telecom, que é maioritariamente detida pelo fundo soberano da Arábia Saudita, é uma das entidades interessadas em comprar a dona da Meo, segundo a Bloomberg. Ao Negócios, fonte oficial do gabinete do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa garantiu estar atento aos desenvolvimentos no setor e que, caso venha a ser formalizada uma proposta, "a mesmo será analisada à luz do quadro legal vigente, com o necessário envolvimento das competentes entidades reguladoras".
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