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Altice lança novo programa de saídas voluntárias, agora sem limites de idade

Os trabalhadores da Altice, dona da Meo, podem fazer a sua manifestação de interesse sinalizando a vontade de sair até 15 de março.

João Zúquete da Silva está no comité executivo da Meo
João Zúquete da Silva está no comité executivo da Meo Miguel Baltazar
03 de Março de 2021 às 21:08

A Altice Portugal arrancou com novo programa de saídas voluntárias. Deu até 15 de março para receber as manifestações de interesse.

Isso mesmo foi comunicado aos trabalhadores esta quarta-feira, 3 de março, conforme missiva assinada por João Zúquete da Silva, administrador da Altice Portugal, a que o Negócios teve acesso, depois de ter sido avançado pelo Expresso.

A empresa de telecomunicações diz ser a segunda fase do que designou por "programa Pessoa", que prevê duas modalidades de saída: pré-reforma para trabalhadores com 55 anos ou mais anos e rescisões negociadas ou por mútuo acordo, não havendo, neste caso, limites de idade.

As manifestações de interesse podem ser feitas até dia 15 de março, mas a Altice reserva-se "o direito de analisar caso a caso, sendo a manifestação de interesse analisada pela empresa e só se efetivando a saída após confirmação formal".

Esta quinta-feira será divulgado o formato do programa, acrescenta o administrador na carta enviada aos trabalhadores. Não foi possível obter comentário da empresa.

Não dando metas de saídas, justifica o lançamento de novo programa de diminuição do quadro de pessoal com a necessidade de "tornar a empresa mais ágil, mais eficiente e mais adaptada para fazer face a realidades cada vez mais complexas e difíceis", num "contexto extremamente desafiante". Para a Altice este plano "vai permitir à empresa fazer face ao novo contexto".

O contexto é a pandemia, mas não só. A Altice aproveita para falar também da pressão "por um ambiente regulatório conturbado e hostil com consequências imprevisíveis". E diz que precisa de avançar neste programa para "fazer face a um mercado concorrencial que será cada vez mais agressivo, mais dinâmico e com clientes cada vez mais exigentes".

O primeiro programa Pessoa foi lançado em 2019 mas previa rescisões só para quem tivesse 50 anos ou mais, propondo, então, o pagamento de 100% do vencimento-base acrescido de 50% de complementos salariais, caso existissem. A modalidade de pré-reforma era, de igual modo, para trabalhadores com mais de 55 anos e o pagamento de 80% do valor correspondente à prestação da suspensão de contrato de trabalho. Nessa altura terão saído cerca de 800 trabalhadores.

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