FedEx antecipa impacto de 1.000 milhões de dólares com caos tarifário nas encomendas
Redução das remessas da China para os EUA e maior custo no desalfandegamento de mercadorias figura na base da previsão da gigante norte-americana.
A FedEx prevê um impacto nas contas de 1.000 milhões de dólares (850 milhões de euros ao câmbio atual) devido ao ambiente de volatilidade do comércio este ano, por força, sobretudo, do impacto das tarifas impostas por Donald Trump e a perda de isenção de taxas para produtos de baixo valor com destino aos EUA.
A maior parte da redução do lucro operacional ajustado resulta da redução das remessas da China para os EUA - uma rota de transporte altamente lucrativa que foi fortemente atingida pelas tarifas de Trump -, com o diretor financeiro, John Dietrich, a dar conta de que aproximadamente 300 milhões de dólares devem-se ao maior custo de desalfandegamento de mercadorias.
O ambiente comercial dispendioso "será um desafio para nós à medida que avançamos", afirmou, esta quinta-feira, na teleconferência de apresentação dos resultados trimestrais da gigante norte-americana.
Segundo a Bloomberg, a empresa de entrega de encomendas, com sede em Memphis, antecipa um aumento das receitas de 4 a 6% no corrente ano fiscal, depois de anteriormente se ter abstido de perspetivar o exercício citando a incapacidade de prever o desempenho da procura face às políticas comerciais de Washington.
Devido à descontinuação do regime de "minimis", que isentava de taxas alfandegárias encomendas de baixo valor importadas pelos EUA, a 29 de agosto, uma série de operadores postais europeus, incluindo os CTT, suspenderam o transporte de encomendas para o outro lado do Atlântico.
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