"Grande parte do investimento em Portugal está feito", diz CEO da Digi
Os esforços para investir no território nacional, depois da compra da Nowo e acelerar a criação de infraestrutura, estão a chegar ao fim para a Digi. A operadora romena poderá atingir o "breakeven" no próximo ano.
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A Digi assegura que o seu esforço para investir em Portugal está a chegar ao fim. Com um ano e 10 dias de presença no território nacional, a operadora romena garante que o investimento vai agora estabilizar.
Em conferência de apresentação de resultados, o CEO da Digi, Serghei Bulgac, revelou que o capex para o mercado português vai agora em 120 milhões de euros, mas as despesas devem agora entrar num ritmo mais relaxado. "O nosso capex ainda é elevado. Vamos continuar a melhorar e a atualizar as redes, mas diria que já ultrapassámos o pico do nosso investimento", explicou Bulgac.
"Grande parte do investimento em Portugal está feito", reiterou na conferência, mesmo adiantando que o objetivo é continuar a melhorar as operações e chegar a mais clientes, nomeadamente com "a expansão do serviço móvel e fixo".
Só o capex do terceiro trimestre do grupo situou-se em 166 milhões de euros, com os responsáveis da operadora romena a atribuir este valor ao "compromisso em investir em Espanha, Roménia e Portugal".
Com mais de 800 mil clientes, o compromisso da empresa de telecomunicações - a quarta no mercado nacional - é continuar a acelerar o seu posicionamento, garantindo cobertura de rede em todo o país e desbloquear sinergias com a Nowo, de forma a "assegurar uma boa posição de mercado".
Apesar do CEO admitir satisfação com o crescimento de Portugal dentro do grupo, Serghei Bulgac diz que "ainda nos falta fazer muito". "Estamos satisfeitos com as respostas dos clientes portugueses. O nosso serviço está a ser procurado e estamos a trazer bons serviços tecnológicos", atirou, lembrando servir o mercado com "preços justos", algo que gera contestação junto dos operadores concorrentes.
"A prioridade em Portugal é continuar a expandir a cobertura de rede e integrar a Nowo para desbloquear sinergias, assegurando uma boa posição de mercado e um crescimento sustentável", assegurou o CEO, apontando que o mercado português "está a acelerar o 'breakeven'" e que a empresa pode chegar às contas positivas já no próximo ano. Os dados até setembro mostram que as despesas operacionais se situaram em 88,2 milhões de euros, contra receitas de 52,5 milhões de euros.
Sobre a Nowo, e uma vez que, na conferência com analistas de maio, os responsáveis admitiam terminar com a marca que compraram em Portugal, os planos estão em andamento, mesmo que o término não tenha data. "Já migrámos dois terços dos clientes móveis e uma pequena percentagem dos clientes fixos. A migração técnica será mais difícil de fazer, pelo que não temos prazo para apontar quando vamos terminar", adiantou o CEO.
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