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Miguel Almeida: “À data, temos zero investido” em conteúdos desportivos

O CEO da Nos sublinha que a operadora está “tranquila” em relação aos contratos assinados com os clubes de futebol, em análise pela Concorrência. E sublinha que “não existe relação a nível institucional com a PT”.

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01 de Março de 2016 às 13:19

O presidente executivo da Nos, Miguel Almeida, voltou a sublinhar que a seu tempo informará sobre os planos da operadora para a distribuição dos conteúdos desportivos que tem vindo a adquirir.

"Não é o momento para discutir o tema tão querido dos media e da opinião pública. (...) Ainda estamos a avaliar (...) e em tempo útil iremos informar os media e os clientes sobre a nossas intenções", disse Miguel Almeida esta terça-feira, 1 de Março, durante a conferência de apresentação dos resultados de 2015 da operadora.

O gestor garantiu, porém, que a Nos "está tranquila" em relação a essa questão. "Os investimentos que fazemos têm retorno", acrescentou, sem divulgar muitos mais pormenores sobre os objectivos da empresa.


Miguel Almeida: Rentabilização do futebol? "Os investimentos que fazemos têm retorno"
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Miguel Almeida relembrou, por mais do que uma vez, que apesar dos contratos estarem assinados, ainda não estão em vigor. Por isso, quando questionado sobre o montante global que a Nos investiu nas recentes compras de conteúdos desportivos, o gestor adiantou que "à data, temos zero investido", sublinhando, contudo, que "dos contratos que fizemos com os clubes nenhum deles tem investimentos à cabeça".

Questionado mais do que uma vez sobre os planos de operacionalização, quer dos direitos televisivos, quer da Benfica TV (BTV) e da Sporting TV - ou seja, como os conteúdos vai ser distribuídos - Miguel Almeida limitou-se a responder: "Idem idem, aspas aspas".

Nos últimos meses a Nos assinou contratos com duração de longo prazo com dez clubes. O primeiro a entrar em vigor é o que foi assinado com o Benfica, a 1 de Julho, para a distribuição da BTV.

A batalha pelo Porto Canal e a relação com a Meo

Em relação ao Porto Canal, o presidente executivo da Nos foi bem mais crítico, considerando que "este processo tem uma série de aspectos lamentáveis, ainda assim, não totalmente surpreendentes".


Miguel Almeida: Processo do Porto Canal "tem uma série de aspectos lamentáveis"
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A guerra pelos direitos desportivos passou para o campo judicial no mês passado, depois da Meo ter decidido cortar o acesso daquele canal (cujos direitos de transmissão adquiriu no ano passado) aos clientes da plataforma Nos. A operadora liderada por Miguel Almeida não gostou da decisão e decidiu contestar a medida através de uma providência cautelar.

"A nossa posição sempre foi clara em relação aos conteúdos, quer genericamente quer os desportivos. Fomos sempre coerentes até que alguém resolveu alterar o paradigma de mercado", apontou Miguel Almeida. " Estamos numa posição de reagir e não pro-agir. E reagiremos no interesse dos nossos clientes", acrescentou.

Questionado sobre a actual relação entre a Nos e a Meo, e um possível acordo para a distribuição dos conteúdos que têm vindo a comprar, Miguel Almeida comentou que "a relação com as concorrentes apenas existe na rua e no mercado. Não gostava de falar muito sobre a relação". No entanto, adiantou que, "em rigor, ela não existe a nível institucional".

Quanto à actuação da Autoridade da Concorrência (AdC), que está a analisar os contratos, nomeadamente o facto de serem a longo prazo, o CEO da Nos referiu que "obviamente que a AdC nos consultou e pediu dados. Divulgámos todos os dados que nos foram solicitados. Temos profundo respeito e admiração pela Adc e, obviamente, agiremos em conformidade e respeito por aquilo que for a sua decisão".

Nos últimos meses a Nos assinou contratos com duração de longo prazo com dez clubes. O primeiro a entrar em vigor é o que foi assinado com o Benfica, a 1 de Julho, para a distribuição da BTV.

(Notícia actualizada às 13:23 com mais informação)

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