Em 1999 os leilões para atribuir frequências de FWA (tecnologia sem fios que permitia acessos à internet) foram tidos como um marco importante da liberalização. Houve vários concorrentes e a Optimus, na altura através da empresa da Sonaecom do fixo (a Novis), concorreu, conseguindo licenças em várias frequências.

A Optimus, que agora integra fixo e móvel, já tinha pedido a revogação de algumas dessas licenças à Anacom. Agora a partir de Janeiro deixa de ter frequências de FWA.

A Optimus explica a decisão pelo facto de considerar que "a rede FWA não tem capacidade para dar resposta aos actuais requisitos dos serviços pretendidos pelos clientes, maioritariamente redes IP com velocidades de transferência elevadas, e também não apresenta vantagens no âmbito da conectividade e capacidade da rede de transporte da Optimus". Além disso, a modernização das redes FWA exigiria investimentos avultados que, segundo a Optimus, não se justificam face ao desenvolvimento das redes de fibra óptica. 

Os clientes que estão suportados nas redes FWA têm estado a transitar para outras tecnologias e a Optimus compromete-se a concluir essa migração para  outras soluções "até ao final do ano de 2012".

Estas licenças vigoravam até 2015. Com esta revogação, a Optimus acaba por reduzir custos com as taxas de espectro associadas a estas licenças. 

A Anacom aceitou a revogação. 

Apesar de esta revogação já ser um percurso que a Optimus vinha a percorrer, certo é que a entrega destas licenças será menos um pormenor a ser analisado pela Concorrência e pela Anacom no âmbito da fusão Zon-Optimus.