Fraude cresce nos transportes de Lisboa
A taxa de fraude detectada no ano passado na Carris e no Metro de Lisboa subiu relativamente a 2014, revelam os relatórios e contas de 2015 das duas empresas de transporte de Lisboa, só agora publicados.
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Na Carris, a taxa de fraude média detectada pelos agentes de fiscalização, que mede a percentagem de passageiros em fraude em relação aos passageiros fiscalizados, situou-se no ano passado em 4,6%, ou seja, mais 0,2 pontos percentuais do que em 2014. Em 2015 foram fiscalizados cerca de um milhão de passageiros, tendo sido detectadas mais de 37 mil infracções, das quais cerca de 15.800 resultaram em multas.
No Metro de Lisboa, a taxa de fraude detectada atingiu, por seu lado, os 7,44% em 2015, valor que compara com os 4,96% registados em 2014, o que a empresa atribui à alteração do método de apuramento da fraude.
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As duas empresas recordam nos relatórios que a competência para a instauração de processos de contraordenação e a decisão de aplicação de coimas já não se encontra atribuída aos operadores de transporte mas sim à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). No entanto, referem que até agora "ainda não foi possível que esta Autoridade implementasse o sistema de cobrança", o que, em seu entender, "tem originado o agravamento do sentimento de impunidade dos clientes em fraude, tornando cada vez mais recorrente a sua prática".
A Carris sublinha que, nesta matéria, ao longo de 2015 verificou-se um maior envolvimento e uma apoio mais eficaz da PSP no acompanhamento das acções de fiscalização.
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