Governo admite redução de pessoal, frota e rotas na TAP
O Governo admite que a reestruturação na TAP para tornar a companhia viável a médio e longo prazo possa incluir redução de pessoal, frota de aeronaves e número de rotas. Mas, sublinha o ministro das Infraestruturas e Habitação, o Estado não quer "uma TAP pequena".
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Pedro Nuno Santos falava esta quarta-feira numa conferência de imprensa após a Comissão Europeia ter dado "luz verde" a um apoio financeiro público até 1.200 milhões de euros à companhia aérea portuguesa.
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Ainda assim, questionado sobre a possivel redução de rotas, aviões e pessoal na TAP, o ministro afirmou que, apesar de não querer "especular", "não seria sério se dissesse" que estas não podem ser algumas das consequências da reestruturação.
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"A Comissão Executiva terá um papel muito importante para demonstar que a empresa tem negócio", ressalvou o ministro, admitindo que a TAP tem atualmente "uma dimensão superior às necessidades", e que será necessário "ajustar às necessidades que teremos nos próximos anos".
O plano de reestruturação deverá ser aprovado pela Comissão Europeia até ao primeiro trimestre de 2021, e terá de garantir que a empresa "é viável por dez anos", ou seja, que "é capaz de se financiar por si, sem auxilio de Estado", sublinhou João Nuno Mendes, o ex-administrador da Águas de Portugal a quem o Governo encarregou de coordenar o grupo de trabalho criado para resolver a crise na TAP, e que liderou as negociações com a comissão europeia, a TAP e o acionista privado.
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Governo não vê Lufthansa "com maus olhos"
Questionado sobre as negociações que decorriam, até há algumas semanas, entre a TAP e a alemã Lufthansa, Pedro Nuno Santos usou a mesma expressão. "O Estado português não veria com maus olhos uma parceria com Lufthansa. Temos consciência que as companhias aéres têm dificuldade em operar e sobreviver isoladamente".
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Ainda assim, face à atual crise, "a Lufthansa está a enfrentar um desafio tão grande como nós, e é natural que as preocupações de curto prazo sejam com a própria companhia. Não é uma questão que esteja no imediato nas nossas preocupações, mas no futuro será importante estabelecer parcerias com outras companhias", considerou o ministro.
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