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Pedro Nuno Santos elogia "competência" de Alexandra Reis

O antigo ministro diz que a gestora não saiu da TAP por iniciativa ou impulso do Ministério das Infraestruturas. "Sempre valorizámos o seu trabalho", diz Pedro Nuno Santos numa carta à IGF, recusando qualquer ligação com a sua ida para a NAV.

06 de Março de 2023 às 20:31

O antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, atribui à até agora CEO da TAP a decisão de substituir Alexandra Reis no conselho de administração da companhia, elogia a competência da antiga gestora que levou para a presidência da NAV e recusa qualquer "causalidade" entre os dois momentos.

Numa carta que consta no relatório da Inspeção Geral de Finanças divulgado esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos, que se demitiu em finais de 2022 na sequência do caso Alexandra Reis – que saiu da TAP com uma indemnização de 500 mil euros –, afirma que o pedido para a sua saída por feito por Christine Ourmières-Widener por "manifesta incompatibilização , irreconciliável, entre as duas".

"Embora a tutela setorial tenha anuído ao pedido da CEO da TAP, Alexandra Reis não saiu da TAP por iniciativa ou impulso do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, uma vez que a sua relação com a tutela setorial era boa e sempre valorizámos o seu trabalho".

O ex-ministro frisa ainda que "o processo escolhido para a saída de Alexandra Reis e o resultado do mesmo é da responsabilidade da empresa" e que "a anuência dada pelo secretário de Estado à CEO foi política e apenas respeitante ao fecho das negociações pelo valor recomendado".

"Do que é do meu conhecimento não houve interação entre as duas tutelas da empresa", diz.

Segundo Pedro Nuno Santos, "a saída de Alexandra Reis da TAP e entrada na NAV – a que veio a presidir - são momentos completamente independentes; não há nenhuma relação de causalidade entre os dois".

"A minha opinião sobre a competência de Alexandra Reis foi sempre positiva, enquanto gestora competente, experiente e qualificada", diz ainda o antigo ministro, justificando que "o convite para assumir a presidência da NAV aconteceu porque a liderança da empresa estava vaga desde 31 de agosto de 2021 e porque a NAV precisava de alguém com competência reconhecida em gestão e com experiência e conhecimento do setor da aviação". Um perfil, diz, "ajustado a Alexandra Reis para o desempenho do cargo".

O processo e a proposta de designação da gestora para a NAV junto da Cresap, diz ainda, "foi instituído pelo secretário de Estado das Infraestruturas e a articulação com Ministério das Finanças, com vista ao despacho conjunto de nomeação, foi feita através dos chefes de gabinete das suas áreas governativas".

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