Carregadores avisam que greve nos portos “está a provocar graves perturbações operacionais”
A greve nas administrações portuárias, marcada para vários dias de outubro e novembro, já está a resultar em navios retidos, “gerando possíveis situações de rotura de stocks”, avisa o CPC, para quem estas interrupções comprometem os objetivos do plano Portos 5+.
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O Conselho Português de Carregadores (CPC), que representa alguns dos maiores exportadores nacionais – entre as quais EDP, Petrogal, Navigator, Cimpor, Sovena ou Somincor – manifestou esta terça-feira a sua “profunda preocupação” com a greve em curso nas administrações portuárias, que decorre em vários períodos entre outubro e novembro e afeta “gravemente os principais portos do continente”.
Em comunicado, o CPC salienta que a paralisação, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP), “já está a provocar graves perturbações operacionais nos serviços marítimos, com navios retidos à entrada ou saída dos portos, gerando possíveis situações de rotura de stocks, além de custos adicionais substanciais para os carregadores e operadores logísticos.
Acrescem, diz, “os cancelamentos de escalas e desvios de navios para portos estrangeiros, com impacto direto na competitividade e atratividade dos portos nacionais”.
Para o CPC, estas interrupções “comprometem os objetivos estratégicos definidos pelo Governo no programa Portos 5+, que ambiciona um crescimento de 50% na carga total e 70% na carga contentorizada”, frisando que, “num momento em que se pretende reforçar a captação de carga e consolidar Portugal como plataforma logística de excelência, este tipo de instabilidade representa uma ameaça à concretização dessa visão”. “Estamos a andar para trás e não para a frente, como se devia”, diz a entidade na mesma nota, onde apela ao Governo para que “promova, com urgência, o entendimento entre as partes envolvidas, com vista à reposição da paz social nos portos nacionais e à salvaguarda da viabilidade das operações logísticas essenciais ao crescimento da economia portuguesa".
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