BCE aprovou "com amplo acordo" nova injeção na bazuca em dezembro
O Banco Central Europeu (BCE) aprovou na reunião de 10 de dezembro "com amplo acordo" o aumento dos estímulos monetários na zona euro para apoiar a economia este ano, tendo em conta os efeitos devastadores do avanço da pandemia.
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Tal facto consta na ata daquela reunião, publicada hoje, na qual o BCE explica que alguns membros eram a favor de "um aumento mais moderado das compras de emergência de dívida devido à pandemia" e outros a favor de "um maior alcance".
"Os membros (do conselho do BCE) expressaram um amplo acordo com o pacote de política monetária" proposto pelo Economista-Chefe do BCE, Philip Lane.
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Estas medidas ajudarão "a manter condições financeiras favoráveis durante um período de tempo prolongado durante a pandemia e a assegurar o apoio do fluxo de crédito a todos os setores da economia", de acordo com a ata.
O conselho do BCE viu, em geral, que o aumento e o alargamento das compras de dívida e a melhoria das condições para as injeções de liquidez a muito longo prazo "eram os instrumentos mais adequados para assegurar que as condições financeiras se mantenham favoráveis durante a pandemia".
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Lane propôs aumentar as compras de dívida pública e privada de emergência devido à pandemia em 500 mil milhões de euros, para 1,85 biliões de euros, e prolongar estas compras até ao final de março de 2022.
O Economista Chefe do BCE também propôs a continuação das compras líquidas do programa de compra de ativos pré-pandémico a um ritmo mensal de 20 mil milhões de euros.
Estas compras de dívida terminarão pouco antes de o BCE começar a aumentar as taxas de juro.
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Alguns membros do conselho do BCE eram a favor de "um aumento mais moderado" das compras de dívida porque, na sua opinião, "ainda havia espaço suficiente para aquisições de decisões passadas e no ambiente de grande incerteza valia a pena ser cauteloso para manter a opção de novos ajustamentos no futuro".
No entanto, alguns membros do conselho do BCE também defenderam um novo aumento das compras de dívida porque consideraram que os 500 mil milhões de euros propostos por Lane eram "insuficientes" para relaxar ainda mais as condições financeiras e aumentar a inflação.
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