As gerações futuras são muito visadas mas pouco consultadas e foi precisamente esse défice de diálogo com os mais novos que a conferência "Generation Mobi.E", organizada em parceria pelo Negócios, pelo Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA) e pelo "Cluster da Mobilidade", procurou combater.

Os mais novos foram os actores principais de um "espectáculo" que teve como o palco o Oceanário de Lisboa e como actores secundários responsáveis de empresas das mais variadas áreas do sector automóvel, regulatório, da energia e das tecnologias avançadas.

O programa contou com sessões de debate com temas definidos ("MobiCar" e "Infra-estruturas e Território"), com intervenções de especialistas portugueses e internacionais nas várias áreas, e foi apadrinhado pelos jovens que, no início da conferência deixaram as perguntas e, no final, fizeram questão de deixar as sugestões.

Os condutores do futuro serão mais informados, mais conectados e mais conscientes ambientalmente o que os torna, também a eles, em especialistas quando se fala num projecto cujo pioneirismo e inovação são muitas vezes relevados e cuja prova é a exportação do mesmo para outras partes do globo.

A conferência da passada segunda-feira procurou assim abordar os mais diversos temas relacionados com a mobilidade eléctrica e procurou fazê-lo sempre através dos olhos daqueles que vão usufruir de forma plena das valências que o projecto proporcionará.

Os jovens presentes na conferência tiveram a oportunidade de se familiarizarem com as diferentes facetas da mobilidade eléctrica, com especial enfoque no veículo eléctrico. Mesmo não tendo ainda a habilitação necessária para conduzirem o veículo, os jovens não deixaram de o "experimentar" e de perceberem como funciona o processo de carregamento.

O objectivo da conferência foi, assim, o de evitar erros passados por não se consultar o futuro e, nesse aspecto, com base no balanço feito pelos vários intervenientes a missão foi conseguida. Se o foi ou não, só o futuro o dirá.