Sector das matérias-primas cai mais de 5%
Com o preço do petróleo em mínimos de 2009 e o minério de ferro no valor mais baixo dos últimos 10 anos, as empresas do sector registam quedas acentuadas em bolsa. A Anglo American e a Rio Tinto já anunciaram novos planos de reestruturação. Outras podem seguir-se, alertam os analistas.
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O índice europeu que reúne as maiores empresas europeias do sector recua mais de 5%. Os títulos da Glencore e da Anglo American já perderam mais de 9% e os da Arcellor Mittal recuam acima de 6%.
Na bolsa australiana, as acções da BHP Billiton recuaram mais de 5% para o nível mais baixo desde o verão de 2005 e as da Rio Tinto, que hoje anunciou o corte de mil milhões de dólares de despesas previstas para 2016, perderam 4,2% para mínimos de 2009.
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O sector reage assim à forte queda dos preços das matérias-primas. O preço do petróleo, por exemplo, continua a negociar em mínimos de 2009, apesar de hoje estar a subir em Londres e em Nova Iorque. No mercado londrino, o Brent transacciona nos 41,39 dólares e no norte-americano segue nos 37,99 dólares.
De acordo com Andy Lynch da Schroder Investment Management, ouvido pela Bloomberg TV e citado pelo The Guardian, os produtores de petróleo vão ter que repensar as suas estratégias caso o petróleo continue a negociar em torno dos 40 dólares por barril. "Muitos vão ter que começar a pensar se é, ou não, sustentável pagar dividendos", alertou o analista após a Anglo American ter anunciado que não vai pagar o dividendo referente ao segundo semestre de 2015 e a 2016. Esta foi apenas uma das medidas anunciadas esta terça-feira pela Anglo American. A empresa quer também reduzir o número de trabalhadores de 135 mil para menos de 50 mil e cortar o número de minas de 55 para 20.
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Kieron Hodgson, analista da Panmure Gordon, concorda com Andy Lynch quanto à necessidade de outras empresas seguirem o exemplo da Anglo American e suspenderem o pagamento dos dividendos.
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(Notícia actualizada às 12:37)
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