"Earnings season" impulsiona Dow Jones mas deixa S&P 500 inalterado. Nasdaq fica para trás

As bolsas norte-americanas terminaram a sessão sem rumo definido, mas ainda perto de recordes. No entanto, os investidores receiam que as ações estejam perto da "exaustão".
Wall Street.
Richard Drew/AP
Bárbara Cardoso 21:07

Wall Street encerrou a segunda sessão da semana sem tendência definida, enquanto os lucros empresariais de algumas gigantes norte-americanas deram força ao índice de referência, mas as tecnológicas pressionaram o Nasdaq Composite. 

Ainda assim, os três principais índices norte-americanos pairam perto dos recordes. Ao mesmo tempo, as avaliações de mercado estendem-se, mas os investidores começam a ponderar se os resultados empresariais otimistas por si só possam ser insuficientes para sustentar o apetite dos investidores por risco.

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"Acredito que o que esteve a movimentar as ações hoje foram exclusivamente os lucros do terceiro trimestre, com muitos dos integrantes do Dow Jones, como a 3M e a General Motors, a serem a força motriz", disse Sam Stovall, estratega-chefe de investimentos da CFRA Research, à Reuters. E acrescentou: "é nisso que Wall Street está realmente a concentrar-se agora, porque até que a paralisação do Governo termine e comecemos a receber mais dados económicos, acho que os investidores vão concentrar-se apenas nos lucros". 

Já os analistas da Piper Sandler preveem uma consolidação/recuo das ações nas próximas semanas. "Vemos as retrações como saudáveis ??e necessárias", escreveram numa nota citada pela Bloomberg.

As decisões da Casa Branca também afetaram a sessão em Wall Street. Esta tarde,  na capital húngara, Budapeste. Entretanto, Donald Trump disse que a sua esperada cimeira com o presidente chinês, Xi Jinping, também poderá não acontecer, durante um almoço na Casa Branca com senadores republicanos.

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Neste contexto, o S&P 500 ficou praticamente inalterado nos 6.735,35 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,16% para 22.953,67 pontos e o industrial Dow Jones subiu 0,47% para 46.924,74 pontos

Entre os principais movimentos de mercado, a General Motors disparou cerca de 15%, depois de ter elevado as suas previsões para o ano inteiro e ter divulgado os resultados do terceiro trimestre, que superaram as estimativas de Wall Street, graças às vendas acima do esperado e ao recente alívio das tarifas impostas pela administração Trump sobre peças automóveis. A Ford ganhou também 4,9%.

Já a Coca-Cola Co. subiu 3,6%, após ter reportado um crescimento nas vendas do terceiro trimestre que superou as expectativas dos especialistas, um sinal de que os consumidores estão a comprar as bebidas da empresa, apesar dos preços mais altos.

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A 3M avançou 6,7% com o aumento do "guidance" para o ano, impulsionado pelo foco da tecnológica em produtos de margem mais alta e controlo sobre os custos.

A Walt Disney ganhou mais de 2%, mas chegaram a subir quase 10% durante a sessão, numa altura em que a empresa admite que está a considerar uma venda definitiva do negócio, com vários potenciais compradores em vista.

A OpenAI revelou hoje o seu primeiro motor de busca com inteligência artificial, colocando a criadora do ChatGPT na frente de competição com a Google, da Alphabet, que caiu esta terça-feira quase 2%.

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