Dow e S&P 500 com pior sessão em dois anos. Já estão negativos em 2020

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, devido aos renovados receios quanto ao impacto económico do coronavírus, numa altura em que a sua propagação fora da China se intensifica. Entre as poucas cotadas em alta destacou-se a Gilead, já que o seu medicamento remdesivir está a dar mostras de que poderá ajudar a tratar o vírus oriundo da China.
Reuters
Carla Pedro 24 de Fevereiro de 2020 às 21:17

O Dow Jones fechou a ceder 3,43% para 27.996,56 pontos, quebrando assim o patamar dos 28.000 pontos, e o Standard & Poor’s 500 perdeu 3,35% para 3.225,89 pontos.

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O Dow caiu 1.031,61 pontos e chegou a cair 1.080 pontos, tendo marcado a pior sessão em mais de dois anos: a 5 de fevereiro e a 8 de fevereiro de 2018 também cedeu mais de 1.000 pontos de cada vez, devido aos receios de pressões inflacionistas, tendo afundado mais de 4% no acumulado desses dois dias.

 

Com a queda de hoje, o índice industrial não só eclipsou os ganhos desde o início do ano como ficou negativo no acumulado de 2020, a ceder 2%.

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O S&P 500 também registou a pior jornada desde fevereiro de 2018 e já está igualmente negativo no cômputo do ano, a descer 0,20%. Os 11 setores representados neste índice fecharam todos no vermelho.

 

Também o tecnológico Nasdaq Composite negociou em baixa, a recuar 3,71%, para 9.221,28 pontos.

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Entre as 100 cotadas do Nasdaq 100, apenas duas fecharam no verde. Uma delas foi a responsável por dar também força ao Nasdaq Composite e ao S&P 500. Foi a biotecnológica Gilead Sciences, que subiu 4% depois de responsáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS) terem dito que um medicamento daquela empresa está a dar sinais de ser útil no combate ao coronavírus.

 

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Segundo os responsáveis da OMS, o medicamento remdesivir está a mostrar que poderá ajudar a tratar aquele vírus oriundo da China (Covid-19).

 

A pressionar a negociação bolsista de forma generalizada em Wall Street voltaram a estar os receios dos investidores quanto ao impacto do coronavírus (Covid-19), numa altura em que a propagação do surto fora da China continua a intensificar-se – com especial ênfase em Itália, Coreia do Sul e Irão.

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Na Europa, Itália é, com efeito, o país mais afetado até ao momento por esta epidemia, tendo hoje sido confirmada mais duas vítimas mortais naquele país – elevando assim para sete o número de mortos.

 

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Os títulos da energia estiveram entre as maiores quedas, numa sessão em que o petróleo perdeu mais de 5% devido aos receios de que o vírus oriundo da China afete fortemente a procura mundial, num mercado já excedentário.

(notícia atualizada às 21:28)

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