Wall Street fecha semana sem rumo. Grandes tecnológicas pressionam
Os principais índices norte-americanos terminaram uma semana turbulenta com perdas, à medida que os investidores avaliaram os mais recentes desenvolvimentos geopolíticos e comerciais, num dia em que se deu o vencimento de 6,5 biliões de dólares em opções e futuros - fenómeno conhecido como “bruxaria tripla” -, que alimentou a volatilidade dos mercadost
O S&P 500 perdeu 0,22% para os 5.967,84 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,51% para 19.447,41 pontos. Já o Dow Jones fugiu ao cenário de perdas e somou 0,08% para 42.206,82 pontos.
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No plano comercial, os principais índices aumentaram as perdas depois de o Financial Times ter noticiado que o Japão cancelou uma reunião de alto nível com os EUA. O jornal britânico nota que, por detrás da decisão, terá estado o facto de a Administração norte-americana ter dito a Tóquio para gastar mais em defesa. Isto numa altura em que se aproxima o prazo final imposto pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para as negociações tarifárias com os seus parceiros comerciais.
No início da sessão, o S&P 500 esteve perto de eliminar as perdas registadas até então, após funcionários europeus terem saído das negociações com o Irão com esperanças de que a diplomacia continuará a atenuar o conflito entre Teerão e Telavive. Além disso, o facto de Trump ter adiado a decisão de intervir militarmente no Irão para daqui a duas semanas, também chegou a impulsionar o sentimento dos investidores.
“O mercado está a lidar com muita coisa atualmente, desde tensões geopolíticas, incerteza tarifária e questões sobre o próximo passo da Reserva Federal”, disse à Bloomberg Brian Buetel da UBS Wealth Management. “Embora existam diferentes riscos no horizonte, as ações são um barómetro antecipado do crescimento económico, que acreditamos que se manterá este ano”, acrescentou o especialista.
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Entre as cotadas, as fabricantes de chips cederam após o Wall Street Journal ter noticiado que a Administração norte-americana estará a planear revogar as autorizações que as produtoras de chips têm utilizado para exportar tecnologia norte-americana para as suas fábricas na China.
Entre as empresas visadas, estarão as sul-coreanas Samsung e SK Hynix e ainda a TSMC, que beneficiam atualmente deste tipo de licenças. A confirmar-se, a medida poderá agravar as tensões comerciais entre as duas maiores economias mundiais.
Nesta linha, cotadas norte-americanas do setor como a Nvidia (-1,12%), a Intel (-1,91%) e a Qualcomm (-1,50%), despediram-se da sessão com perdas.
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Quanto às restantes “big tech”, a Alphabet tombou 3,59%, a Amazon cedeu 1,33%, a Microsoft recuou 0,59%, a Meta caiu 1,93%. Já a Apple pulou 2,25%.
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