Ações da Mazda e Toyota disparam mais de 14%, Stellantis e Volkswagen acima dos 6%
Acordo entre EUA e Japão "safou" o setor automóvel. Contágio positivo está a alastrar-se aos principais fabricantes europeus de automóveis.
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É o primeiro resultado mais visível do acordo comercial firmado entre os EUA e o Japão. As principais fabricantes japonesas de automóveis fecharam a sessão desta quarta-feira com ganhos muito expressivos. Isto porque a exportação de automóveis japoneses para os EUA ficaram livres de tarifas mais pesadas, incluindo-se no pacote de 15% acordado pelos dois países.
Em termos percentuais, a Mazda foi aquela que mais subiu (17,77%), seguida pela Subaru (16,61%), Toyota (14,34%), Mitsubishi Motors (13,03%), Fanuc (11,84%; esta marca fabrica sistemas de produção para os outros fabricantes automóveis) e Honda (11,15%). O setor automóvel foi decisivo para que o índice japonês Nikkei tenha fechado com um ganho de 3,59% na sessão desta quarta-feira.
O acordo entre os EUA e o Japão prevê também que o aliado americano invista 550 mil milhões de dólares nos EUA.
Um efeito de contágio positivo que chegou às praças europeias no arranque da sessão. A Stellantis está a ganhar 7,51% para os 8,473 euros por ação, a Volkswagen ganha 6,23%, a Mercedes avança 6,07%, a Volvo 5,55%, a Porsche 5,21% e a BMW regista 5,06%. À semelhança do Japão, o setor automóvel está a ser crucial nos ganhos do principal índice de referência da Europa, o Stoxx 600, que avança 1,19% para os 550,82 pontos.
O acordo alcançado entre os EUA e o Japão renova a perspetiva de um acordo menos agressivo entre os EUA e a União Europeia. O setor automóvel é um dos mais importantes nas exportações europeias e é mesmo uma das medidas negociais que a UE tem preparada caso não alcance um acordo com os EUA que considere positivo.
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