Ações da Zijin Gold disparam 55% na estreia na bolsa de Hong Kong
Os recursos vão financiar a compra de uma mina de ouro no Cazaquistão, a expansão de jazidas em países como Gana e Suriname, e novas campanhas de exploração.
As ações da Zijin Gold, filial internacional da mineradora chinesa Zijin Mining, dispararam mais de 55% na estreia em Hong Kong, na segunda maior oferta pública mundial de 2025, no valor de 2,73 mil milhões de euros.
Os títulos da mineradora, lançados a 71,59 dólares de Hong Kong (7,85 euros ao câmbio atual), abriram já a 111,5 dólares de Hong Kong (12,22 euros), uma valorização de 55,75%.
A operação atraiu forte procura, com a parte internacional da oferta a registar uma subscrição 20 vezes superior às ações disponíveis e, no segmento público de Hong Kong, 240 vezes acima da oferta, segundo dados da empresa.
A entrada em bolsa é a maior do ano a seguir à do fabricante chinês de baterias CATL, que em maio angariou 5,3 mil milhões de dólares (4,52 mil milhões de euros), também em Hong Kong. A Zijin Gold reservou 1,6 mil milhões de dólares (1,36 mil milhões de euros) da operação para investidores estratégicos como o fundo soberano de Singapura GIC, a gestora Hillhouse e a BlackRock.
Segundo o prospeto, os recursos vão financiar a compra de uma mina de ouro no Cazaquistão, a expansão de jazidas em países como Gana e Suriname e novas campanhas de exploração.
O arranque da negociação estava previsto para segunda-feira, mas foi adiado um dia devido à passagem do supertufão Ragasa.
Às 10:00 horas locais (03:00 horas em Lisboa), as ações da Zijin Mining, listada no índice Hang Seng, subiam 3,42% para um máximo histórico, consolidando a posição como terceira maior mineira mundial, atrás de BHP e Rio Tinto.
Em 2024, a empresa produziu 73 toneladas de ouro, das quais 60% fora da China, e pretende aumentar para 100 a 110 toneladas até 2028. Bancos de investimento antecipam que o preço do ouro atinja os 4.000 dólares (3.412 euros) por onça em 2026.
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