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Bolsa nacional atinge máximo de três anos e já sobe 7% em 2018

A sessão está a ser de ganhos generalizados na bolsa portuguesa, com as acções da Navigator e Altri a fixarem novos máximos históricos.

Foto Bloomberg mercados bolsas
Foto Bloomberg mercados bolsas Miguel Baltazar
22 de Maio de 2018 às 09:40

A bolsa nacional acentuou os ganhos da abertura e está a seguir o desempenho positivo das praças europeias, com os mercados accionistas a beneficiarem ainda com as tréguas comerciais entre a China e os Estados Unidos e algum alívio pelo facto de os líderes do 5 Estrelas e da Liga terem garantido que o novo Governo em Itália vai cumprir as regras europeias.

O PSI-20 valoriza 0,8% para 5.795,59 pontos, com 16 cotadas em alta, uma em queda e outra sem variação. O índice português atingiu um máximo desde Julho de 2015 nos 5.800,21 pontos e acumula já uma valorização de 7,55% em 2018, o que representa um dos melhores desempenhos entre as bolsas europeias. O Stoxx600 ganha menos de 2% este ano.

O índice composto pelas 600 maiores cotadas europeias valoriza 0,08% na sessão de hoje, tendo já tocado em máximos de quatro meses. O sector automóvel destaca-se pela positiva depois de a China ter anunciado um corte na tarifa aplicada aos veículos importados, de 25% para 15%.

Os juros das obrigações italianas estão a recuar de máximos de mais de um ano, contribuindo também para um desempenho positivo do sector financeiro, que tem sido dos mais penalizados pela incerteza em Itália.

BCP e Galp impulsionam com Altri e Navigator em máximos

 

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Bolsa nacional atinge máximo de três anos e já sobe 7% em 2018

Segue-se a Galp Energia, que valoriza 1,49% para 17,32 euros beneficiando com a tendência de alta dos preços do petróleo. O Brent em Londres aproxima-se dos 80 dólares e de máximos de quatro anos devido aos receios com a queda na produção da matéria-prima na Venezuela.

A EDP também mantém a tendência positiva, com as acções a subirem 0,26% para 3,495 euros, depois de ontem terem tocado em máximos de Outubro de 2015 acima de 3,5 euros.

As cotadas do sector da pasta e papel prosseguem em máximos históricos, beneficiando da força do dólar contra as principais divisas mundiais. A Altri ganha 2,2% para 7,90 euros e a Navigator soma 1,2% para 5,48 euros.

Em Lisboa a Sonae também está em destaque, com as acções a ganharem 0,35% para 1,148 euros. O conselho de administração da Sonae anunciou ontem que continua a analisar a possibilidade de colocar em bolsa parte do portefólio de retalho da empresa, no qual a Sonae manterá uma posição maioritária. O portefólio potencialmente sujeito à entrada em bolsa inclui o retalho alimentar, com a Sonae MC, e a propriedade imobiliária, com a Sonae RP.

O BPI assinala ser positivo a Sonae ter optado por deixar o retalho especializado de fora da empresa a cotar em bolsa, pois permitirá uma melhor comparação como sector europeu e o valor destes activos (como a Worten e a Zippy) não seria maximizado uma vez que estão ainda em reestruturação.

Ainda a impulsionar o PSI-20 estão as acções dos CTT (+1,01% para 3,014 euros), ainda a reflectir o reforço de posição do Norges Bank, que passou a ser o terceiro maior accionista da empresa de correios.

 

A Sonae Capital vai divulgar as contas dos primeiros três meses do ano, após o fecho da sessão, estando as acções a subir 1,37% para 1,034 euros. A empresa deverá permanecer com prejuízos no primeiro trimestre deste ano, embora com uma melhoria significativa nos indicadores operacionais. Os analistas do BPI e CaixaBI coincidem na previsão dos resultados líquidos da Sonae Capital: prejuízos de 5 milhões de euros, que comparam com um valor também negativo de igual dimensão no mesmo período de 2017. Quanto ao EBITDA, os dois bancos de investimento apontam para uma subida significativa.

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