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BPI fecha 0,1 cêntimos abaixo do preço da OPA do CaixaBank

A transacção de acções do BPI foi, no dia do arranque da OPA, o dobro da média. As acções do banco subiram, em linha com o comportamento nacional. Houve investidores a comprar e a vender a preços superiores aos que são pagos pelo CaixaBank.

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17 de Janeiro de 2017 às 17:03

O BPI subiu no primeiro dia da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank. Mesmo assim, o banco fechou 0,1 cêntimos abaixo do preço da operação. As acções encerraram em 1,133 euros, o grupo catalão oferece 1,134 euros por cada título.

A OPA arrancou esta terça-feira, passavam trinta minutos do início da sessão, e as acções do BPI subiram 0,44%. O índice PSI-20 somou 0,46%. Para o banco português, este foi o maior avanço desde Setembro, já que, na pendência do registo da OPA, os títulos continuavam a cotar perto do valor oferecido sem nunca registar grandes oscilações. 

Apesar de ter descido a 0,1 cêntimos abaixo da contrapartida da OPA, durante a sessão, houve investidores que compraram – e outros que venderam – a um preço superior, já que o valor mais elevado num negócio fechado hoje foi 1,136 euros.

Volume duplica média

A movimentação de acções do banco liderado por Fernando Ulrich foi expressiva no primeiro dia da OPA. Foram negociados 1,25 milhões de títulos quando, nos últimos seis meses, a média por sessão foi de 598 mil acções. É uma duplicação do volume. Na segunda-feira, também tinham sido trocadas 594 mil títulos.

A operação, que se estende até 7 de Fevereiro, teve início depois de conseguido o registo junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O CaixaBank admite manter o BPI cotado em bolsa independentemente do grau de aceitação por parte dos accionistas.

Ao Negócios, o presidente da ATM, associação que representa pequenos investidores, afirmou esperar uma subida do preço por parte do oferente, como um passo para evitar litigância posterior.

O futuro do BPI

Do prospecto da oferta, divulgado esta segunda-feira à noite, é possível concluir que o Banco Central Europeu, uma das entidades que teve de autorizar a OPA, quer que o BPI abandone "gradualmente" Angola. O banco português vendeu a posição de controlo no Banco de Fomento Angola (BFA) mas mantém uma participação de 48,1%. Para já, esse movimento leva a um reconhecimento de uma perda de 182 milhões de euros devido à desvalorização do kwanza.

Aliás, o CaixaBank justifica a contrapartida oferecida, contestada pelos pequenos investidores, com problemas na economia angolana e a exposição do BPI àquele mercado.

Os resultados da oferta são conhecidos a 8 de Fevereiro sendo que, depois de concluída, o CaixaBank vai decidir sobre a recomposição da administração presidida por Artur Santos Silva e Fernando Ulrich. A OPA pressupõe, ainda, o corte de 900 postos de trabalho no BPI, com prioridade para reformas antecipadas e "lay-offs". 

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